Investigação e informações exclusivas em política, negócios, cultura e esporte. Com Athos Moura, Bruna Lima, Eduardo Barretto e João Pedroso de Campos

Aliados de Lula estão pessimistas com motivo que levou Alckmin a vice

Márcio França e Fernando Haddad planejaram a indicação de Geraldo Alckmin a vice de Lula pensando em vencer a eleição no primeiro turno

atualizado 15/03/2022 9:32

Compartilhar notícia
Lula e Alckmin se abraçam em jantar em São Paulo, realizado em restaurante pelo grupo Prerrogativas - Metrópoles Divulgação/ Ricardo Stuckert

Aliados de Lula já não acreditam que será possível cumprir o propósito que trouxe Geraldo Alckmin para vice da chapa petista. A negociação com Alckmin foi conduzida por Márcio França e por Fernando Haddad, com o objetivo de garantir a eleição de Lula no primeiro turno, mas as pesquisas mostram que uma vitória nessas condições se tornou improvável.

França levou a ideia a Lula e a Haddad dizendo que uma aliança com Alckmin impulsionaria a candidatura do ex-presidente em São Paulo, o maior colégio eleitoral do país, e garantiria os votos necessários para derrotar Bolsonaro sem a necessidade de segundo turno.

Quando a ideia começou a ser discutida, em setembro do ano passado, Lula apresentava 43% das intenções de voto, contra 28% de Bolsonaro, segundo o Ipespe. Na semana passada, o instituto divulgou levantamento que mostra os candidatos com os mesmos percentuais, mas com uma diferença importante em comparação com aquela época.

As pesquisas indicam que Bolsonaro está recuperando a popularidade e vem conseguindo diminuir a distância para Lula de forma gradual. Em 45 dias, o crescimento do presidente aferido pelo Ipespe chega a 4 pontos percentuais. O petista permaneceu estável no mesmo período.

Os números apresentados por Bolsonaro preocuparam Lula e dirigentes do PT. O ex-presidente reclamou para seus aliados que precisa voltar para as ruas e que as articulações políticas estão tomando mais tempo do que ele gostaria.

10 imagens
Lula e Alckmin disputaram o segundo turno das eleições presidenciais de 2006 em uma campanha marcada por ataques mútuos. Lula saiu vencedor com 48,61% dos votos
Após a derrota, Alckmin seguiu como oposição ferrenha a Lula
No entanto, mirando nas eleições de 2022, o ex-presidente mostrou interesse em ter Alckmin como vice
O ex-governador, inclusive, tem sinalizado favoravelmente ao petista
A aliança entre os políticos é estratégica. Ter Alckmin como vice pode atrair setores do mercado e do empresariado que resistem ao nome de Lula como candidato à Presidência da República
1 de 10

Quinze anos depois de concorrerem como rivais nas eleições ao cargo de chefe do Executivo federal, o ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) ensaiam formar aliança inusitada para 2022

Ana Nascimento/ Agência Brasil
2 de 10

Lula e Alckmin disputaram o segundo turno das eleições presidenciais de 2006 em uma campanha marcada por ataques mútuos. Lula saiu vencedor com 48,61% dos votos

Band/Reprodução
3 de 10

Após a derrota, Alckmin seguiu como oposição ferrenha a Lula

Filipe Cardoso/ Metrópoles
4 de 10

No entanto, mirando nas eleições de 2022, o ex-presidente mostrou interesse em ter Alckmin como vice

Rafaela Felicciano/Metrópoles
5 de 10

O ex-governador, inclusive, tem sinalizado favoravelmente ao petista

Michael Melo/Metrópoles
6 de 10

A aliança entre os políticos é estratégica. Ter Alckmin como vice pode atrair setores do mercado e do empresariado que resistem ao nome de Lula como candidato à Presidência da República

Michael Melo/Metrópoles
7 de 10

O tucano pode, também, agregar mais votos de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país

Igo Estrela/Metrópoles
8 de 10

De acordo com pesquisa realizada em setembro de 2021 pelo Datafolha, Alckmin estava na liderança para o governo paulista

Igo Estrela/Metrópoles
9 de 10

A aliança entre os políticos foi oficializada em abril de 2022. A "demora" envolveu, além das questões legais da política eleitoral, acordo sobre a qual partido o ex-governador se filiaria

Ana Nascimento/ Agência Brasil
10 de 10

Ao ser vice de Lula, Alckmin almeja ganhar ainda mais projeção política, o que o beneficiará durante possível corrida presidencial em 2026

Rafaela Felicciano/Metrópoles

Já leu todas as notas e reportagens da coluna hoje? Clique aqui.

Siga a coluna no Twitter e no Instagram para não perder nada.

Compartilhar notícia
Tá bombando
Siga as redes do Guilherme Amado
Últimas da coluna
Compartilhar