Geraldo Alckmin ficou chateado com o vazamento para a imprensa de que uma reunião nessa segunda-feira (7/3) definiu sua filiação ao PSB. O ex-governador havia dito a dirigentes do partido que precisaria de um tempo para anunciar o acordo porque pretende convencer amigos a se filiarem à sigla.
Em conversas com quem esteve na reunião, Alckmin afirmou que seus aliados poderiam ficar incomodados por não terem recebido uma ligação antes de o acerto ir parar nos jornais.
Entre os nomes que Alckmin pretende filiar ao PSB, estão os dos ex-deputados Pedro Tobias, Silvio Torres e Floriano Pesaro e o do ex-prefeito de Santos Paulo Alexandre Barbosa.
A reunião com o presidente do PSB, Carlos Siqueira, e outros integrantes do partido se prolongou porque Alckmin quis se inteirar sobre a situação da legenda em todos os estados. Coube a Siqueira explicar a ele como a sigla irá se apresentar em cada unidade da Federação.
Siqueira admitiu no encontro que o PSB e o PT não conseguirão chegar a um acordo para pacificar as relações até março, quando se encerra o prazo de filiação para quem disputa a eleição, mas garantiu a Alckmin que não criará empecilhos para afastá-lo da vice de Lula.
Os partidos terão outra reunião nesta quarta-feira (9/3) para tratar sobre a chance de constituir uma federação. Nem os dirigente do PSB nem os do PT acreditam que a aliança será estabelecida nesse modelo. A aposta é de que as siglas deverão firmar uma coligação para a disputa da eleição.
10 imagens
1 de 10
Quinze anos depois de concorrerem como rivais nas eleições ao cargo de chefe do Executivo federal, o ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) ensaiam formar aliança inusitada para 2022
Ana Nascimento/ Agência Brasil
2 de 10
Lula e Alckmin disputaram o segundo turno das eleições presidenciais de 2006 em uma campanha marcada por ataques mútuos. Lula saiu vencedor com 48,61% dos votos
Band/Reprodução
3 de 10
Após a derrota, Alckmin seguiu como oposição ferrenha a Lula
Filipe Cardoso/ Metrópoles
4 de 10
No entanto, mirando nas eleições de 2022, o ex-presidente mostrou interesse em ter Alckmin como vice
Rafaela Felicciano/Metrópoles
5 de 10
O ex-governador, inclusive, tem sinalizado favoravelmente ao petista
Michael Melo/Metrópoles
6 de 10
A aliança entre os políticos é estratégica. Ter Alckmin como vice pode atrair setores do mercado e do empresariado que resistem ao nome de Lula como candidato à Presidência da República
Michael Melo/Metrópoles
7 de 10
O tucano pode, também, agregar mais votos de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país
Igo Estrela/Metrópoles
8 de 10
De acordo com pesquisa realizada em setembro de 2021 pelo Datafolha, Alckmin estava na liderança para o governo paulista
Igo Estrela/Metrópoles
9 de 10
A aliança entre os políticos foi oficializada em abril de 2022. A "demora" envolveu, além das questões legais da política eleitoral, acordo sobre a qual partido o ex-governador se filiaria
Ana Nascimento/ Agência Brasil
10 de 10
Ao ser vice de Lula, Alckmin almeja ganhar ainda mais projeção política, o que o beneficiará durante possível corrida presidencial em 2026
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Já leu todas as notas e reportagens da coluna hoje? Clique aqui.