O grupo de advogados Prerrogativas, que é crítico à Lava Jato e organizou o jantar no qual Alckmin e Lula fizeram a primeira aparição pública juntos depois de selarem a aliança, prepara uma nova ação para atingir o bolso de Sergio Moro.
Segundo o advogado Fabiano Silva, que integra o grupo, o Prerrogativas entrará com uma ação popular contra o ex-juiz pedindo que ele responda pelos “prejuízos que causou por conta de sua atuação parcial e suspeita”.
O pedido vai se basear no estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que calculou em 4,4 milhões a perda de empregos causada pela Lava Jato. O Dieese também estimou em R$ 47,7 bilhões o impacto que a operação teve na arrecadação de impostos.
O estudo pondera que defende o combate à corrupção porque “desvios de recursos públicos significam menor capacidade de atuação do Estado”. Na visão do instituto, esse combate “deve preservar a estrutura produtiva e punir os culpados”.
Para resolver essa equação, prossegue, “são necessários mecanismos eficientes de combate à corrupção, com a preservação dos empregos, como ocorre em outros países”.