Astrônomos captaram a imagem de uma estrela em formação. Localizada a cerca de 450 anos-luz da Terra, na constelação de Touro, a protoestrela HH30 foi observada com detalhes pelo telescópio espacial James Webb (JWST).
A HH30 é um objeto de Herbig-Haro, uma nebulosa brilhante que surge em regiões onde novas estrelas se formam. Essas estruturas são criadas quando jatos de gás ionizado, expelidos por estrelas recém-nascidas, colidem com o material disperso ao redor, gerando ondas de choque que fazem o gás brilhar em comprimentos de onda visíveis a instrumentos infravermelhos.
O telescópio James Webb é fruto de uma colaboração internacional entre a Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa), a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Canadense (CSA). Além dele, as observações envolveram dados do telescópio espacial Hubble (HST) e do Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (Alma).
Formação da estrela
A nova imagem captada pelo JWST mostra o disco protoplanetário da HH30 visto de lado, com um fluxo de gás e poeira em formato de cone e um jato estreito sendo lançado ao espaço. Esse disco denso é essencial para o crescimento das estrelas, fornecendo o material necessário para o desenvolvimento delas.
O estudo mostrou que os grãos de poeira presentes no disco se organizam de forma diferente, com partículas menores mais espalhadas e partículas maiores concentradas em uma região estreita. De acordo com os cientistas, o comportamento pode estar relacionado à formação de planetas, um dos principais mistérios da astronomia.
Outro destaque da pesquisa foi a identificação de um jato estreito e veloz saindo do centro do disco, cercado por um fluxo de gás mais largo. As descobertas ajudam os cientistas a entenderem melhor não apenas como estrelas e planetas se formam, mas também sobre a origem do Sistema Solar.
Telescópio espacial James Webb
Lançado em 2021, o Telescópio Espacial James Webb é um dos observatórios mais avançados que existem. Com um espelho de 6,5 metros revestido de ouro e instrumentos de observação com infravermelho, ele tem ajudado a revelar segredos do universo, trazendo imagens inéditas de galáxias, estrelas e exoplanetas.
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