Rio de Janeiro — Um dos primeiros nomes confirmados entre os mortos após a operação policial na Vila Cruzeiro na manhã desta terça (24/5), a cabeleireira Gabriele Ferreira da Cunha de 41 anos, estava distante do ponto onde houve o confronto com criminosos armados. Mas acabou atingida por uma bala perdida nas costas e não resistiu.
“Ela estava na rua e acabou sendo atingida por uma bala perdida de um confronto que estava acontecendo a cerca de 500 metros de distância”, lamenta Monique Ferreira da Cunha, prima de Gabriele.
A cabeleireira chegou a ser socorrida por vizinhos que estavam perto do local e levada para o Hospital Estadual Getúlio Vargas.
“A gente nunca espera que vá ligar a TV e ouvir alguém falar o nome, sobrenome e idade da sua prima. Fiquei em estado de choque, essa violência está imparável. Como a pessoa não tem o direito de sair de casa porque pode ser morta? Não faz sentido”, desabafa Monique.
“Toda essa violência acontece sempre em locais periféricos, com pessoas pobres e isso me revolta. Se ela estivesse em Ipanema às 4h30 da manhã teria sido morta?”, questiona a parente de Gabriele.
Até às 16h45 desta terça, além de Gabriele, outras 21 pessoas tiveram suas mortes confirmadas em decorrência do confronto entre a PM e criminosos na Vila Cruzeiro.
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