Rio de Janeiro – Uma operação da Polícia Militar (PM) em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), nesta terça-feira (24/5), resultou em pelo menos 22 mortes, na Vila Cruzeiro, favela situada na zona norte do Rio.
Segundo a PM, uma moradora da comunidade está entre as vítimas. A mulher estava dentro de casa quando acabou atingida por bala perdida.
Gabriele Ferreira da Cunha, 41, era moradora da Chatuba, comunidade vizinha da Vila Cruzeiro. Segundo a corporação, o disparo partiu dos criminosos.
Os policiais teriam começado uma operação emergencial quando receberam a informação de que um grupo de 50 bandidos do Comando Vermelho se deslocaria para a favela da Rocinha, na zona sul do Rio.
“A intenção era que essa operação fosse feita fora da comunidade. O grupo estaria indo para outra região, da Rocinha. De forma emergencial, tivemos que iniciar a operação com autorização do Ministério Público. O objetivo era fazer a prisão desses homens em flagrante”, disse o tenente-coronel do Bope, Uirá do Nascimento Ferreira, durante coletiva de imprensa nesta terça-feira (24/5).
Os agentes chegaram à comunidade por volta das 3h30 desta madrugada, para inibir a fuga. Assim que os suspeitos perceberam a chegada da polícia, iniciaram uma intensa troca de tiros.
Durante o confronto, Gabriele foi atingida na comunidade vizinha, dentro de casa. A vítima foi socorrida por moradores, mas veio a óbito logo no início da manhã.
Entre os falecidos, consta também um homem conhecido como “Pezão do Pará”, um dos traficantes do Norte do estado.
A operação visa capturar criminosos do Comando Vermelho que atuam nas comunidades do Rio. Muitos deles vieram de Alagoas, Pará, Amazonas, Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte.
“A tendência do esconderijo deles é fruto dessa decisão do STF, que limitou a ação das forças policiais”, frisou o coronel da PM Luiz Henrique Pires.
Na ação, um helicóptero blindado do Bope sofreu três disparos de integrantes da facção. Os policiais conseguiram apreender 10 carros, 20 motos, 13 fuzis e 12 granadas.
Cerca de 80 profissionais participaram da iniciativa, que continua durante a tarde, na comunidade da Vila Cruzeiro.
Um papiloscopista da Polícia Civil foi levado ao Hospital Getúlio Vargas após acabar ferido por estilhaços. O agente realizava a perícia na casa da moradora que foi morta.
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