O vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), voltou a defender a prorrogação dos trabalhos do colegiado. O senador discordou do movimento de colegas, que foram ao Supremo Tribunal Federal (STF) para obrigar o presidente Rodrigo Pacheco (DEM-MG) a ler o requerimento de extensão da comissão.
Randolfe alega ser necessário “esgotar todos os espaços de diálogo com o presidente Rodrigo Pacheco” antes de recorrer ao Judiciário. “Vamos dialogar esta semana, temos o requerimento [de prorrogação]. É importante que seja lido antes do dia 15 [de julho], antes do recesso.”
O vice-presidente acredita que a CPI da Covid não cumprirá com o recesso parlamentar previsto para 18 de julho.
Na segunda (5/7), os senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Jorge Kajuru (Podemos-GO) acionaram o STF para pressionar Pacheco a cumprir o regimento.
Os parlamentares argumentam que o presidente do Senado, “mais uma vez, externa a patente intenção de descumprir tanto o Regimento Interno do Senado Federal quanto a medida cautelar concedida em decisão colegiada desta Suprema Corte” pela continuidade dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
Em sessão na última semana, Pacheco defendeu que a análise e leitura de prorrogação da comissão parlamentar de inquérito se estenderia até depois dos 90 dias iniciais de trabalho previstos no requerimento de abertura do colegiado.
CPI da Rachadinha
O vice-presidente da CPI da Covid ainda apoiou o requerimento de Vieira que prevê a instalação de outra comissão apenas para apurar as denúncias de esquema de rachadinha no gabinete de Jair Bolsonaro (sem partido), enquanto era deputado federal (1991-2018).
Segundo o senador, haveria a possibilidade de que os colegiados operassem paralelamente. “A oposição encaminha proposição do senador Alessandro Vieira para propor uma CPI da Rachadinha. Duas CPIs podem funcionar paralelamente”, enfatizou.
