Governo Bolsonaro estuda dar reajuste linear de 5% para servidores

Ala política tenta oficializar medida ainda nesta semana. Reajuste deve custar entre R$ 5 bilhões e R$ 8 bilhões aos cofres públicos

atualizado 30/03/2022 19:54

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O presidente Bolsonaro conversa com o ministro da Economia Paulo Guedes. Entre os dois, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. Eles estão sentados em lançamento do Programa Renda e Oportunidade, no Planalto. - Metrópoles Rafaela Felicciano/Metrópoles

A ala política do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a defender um reajuste linear para todos os servidores federais ainda em 2022. A ideia é que o reajuste seja de 5% para todo o funcionalismo da União.

Segundo cálculos do Palácio do Planalto, o reajuste custaria entre R$ 5 bilhões e R$ 8 bilhões aos cofres públicos, a depender da data de início.

Ao sancionar o Orçamento 2022, em janeiro deste ano, Bolsonaro reservou R$ 1,7 bilhão para reajuste de servidores públicos. Segundo a ala política, esse dinheiro seria usado para conceder o reajuste ao funcionalismo.

A peça orçamentária não definia quais categorias devem ser beneficiadas ou como os recursos devem ser aplicados.

A ideia inicial de Bolsonaro era direcionar os recursos para agentes da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

A equipe econômica, no entanto, sempre se posicionou contra a medida, sob o argumento de que a concessão de reajuste poderia gerar pressões de outros setores do funcionalismo.

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O aumento salarial para a área da segurança partiu de uma demanda do próprio presidente
No fim de 2021, antes da votação do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA), o Ministério da Economia enviou um ofício ao Congresso Nacional pedindo que fossem reservados R$ 2,5 bilhões para reajustes salariais em 2022
No entanto, o orçamento enviado só prevê correção salarial para a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen)
Como consequência, servidores da Receita Federal e do Banco Central começaram a entregar cargos, em protesto
Além disso, o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), composto por mais de 30 categorias, programou para 18 de janeiro o Dia Nacional de Mobilização. A intenção é pressionar o governo a conceder reajuste para todos os servidores
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O governo Bolsonaro vive período conturbado com alguns servidores públicos. Tudo começou depois que foi anunciado reajuste salarial para policiais, mas o aumento financeiro de outras categorias ficou de fora dos planos

Hugo Barreto/Metrópoles
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O aumento salarial para a área da segurança partiu de uma demanda do próprio presidente

Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
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No fim de 2021, antes da votação do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA), o Ministério da Economia enviou um ofício ao Congresso Nacional pedindo que fossem reservados R$ 2,5 bilhões para reajustes salariais em 2022

Thiago S. Araújo/Especial para o Metrópoles
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No entanto, o orçamento enviado só prevê correção salarial para a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen)

Matheus Veloso/Especial Metrópoles
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Como consequência, servidores da Receita Federal e do Banco Central começaram a entregar cargos, em protesto

Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Além disso, o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), composto por mais de 30 categorias, programou para 18 de janeiro o Dia Nacional de Mobilização. A intenção é pressionar o governo a conceder reajuste para todos os servidores

Morsa Images/ Getty Images
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Sem resposta, servidores públicos de mais de 40 órgãos federais realizaram, no dia 18 de janeiro, protestos em frente ao Banco Central e ao Ministério da Economia, em Brasília, cobrando por reajustes com base na correção da inflação

MmeEmil / Getty Images
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Em meio à repercussão, Bolsonaro chegou a afirmar que todos os servidores merecem aumento. Contudo, em nenhum momento especificou se outras categorias, além da segurança pública, receberiam o reajuste

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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A pressão do funcionalismo público por aumento salarial tem preocupado a equipe econômica. O ministro Paulo Guedes, no entanto, não esconde que é contra qualquer reajuste

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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De acordo com Guedes, o governo precisa “ficar firme”. “Sem isso, é como Brumadinho: pequenos vazamentos sucessivos, até explodir a barragem e todos morrerem na lama”, disse o ministro sobre o assunto

Fábio Vieira/Metrópoles

O Planalto corre para oficializar a medida ainda nesta semana, uma vez que a legislação eleitoral estabelece que reajustes e aumentos para servidores só podem ser dados até seis meses antes das eleições, ou seja, até o início de abril.

A leitura do comitê de campanha que trabalha pela reeleição de Bolsonaro é que o reajuste fidelizaria os servidores, principalmente, os profissionais da área de segurança pública, que tiveram grande influência na eleição do presidente em 2018.

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