Carlos Bolsonaro teria dado mais de R$ 3 mi em extras a funcionários, diz revista

Dados divulgados pela Veja mostram que os assessores do vereador recebiam um bônus que atinge até 80% da renda mensal de cada um

atualizado 30/10/2020 11:44

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Carlos Bolsonaro Divulgação/Câmara Municipal do Rio de Janeiro

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) é investigado, desde agosto do ano passado, pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, em relação à contratação de funcionários fantasmas e a prática da “rachadinha” em seu gabinete. Dados divulgados pela Veja nesta sexta-feira (30/10) revelam que, além dos salários, os assessores dele recebiam um bônus que atinge até 80% da renda mensal de cada um.

Segundo a publicação, a distribuição desse valor extra soma R$ 3,035 milhões no gabinete do filho nº 3 do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Conhecidas como “encargos DAS”, as gratificações são concedidas aos parlamentares que cumprem alguma tarefa adicional, como sentar-se à cadeira de uma comissão da Câmara. Não é necessário prova de capacidade técnica ou justificativa, além de presença garantida na comissão.

“Esses encargos são a maior caixa preta da Câmara. Não há transparência, ninguém sabe quem ou quanto recebe”, disse um vereador, que preferiu manter o anonimato, à publicação.

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Vereador do Rio Carlos Bolsonaro
Carlos Bolsonaro em foto na Câmara Municipal do Rio de Janeiro
Vereador do Rio Carlos Bolsonaro (Republicanos)
Carlos e Jair Bolsonaro na posse presidencial em 2019
Carlos Bolsonaro é autor de homenagem a inspetor de polícia investigado
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Carlos Bolsonaro

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Carlos Bolsonaro em foto na Câmara Municipal do Rio de Janeiro

Renan Olaz/CMRJ
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Carlos e Jair Bolsonaro na posse presidencial em 2019

Daniel Ferreira/Metrópoles
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Carlos Bolsonaro é autor de homenagem a inspetor de polícia investigado

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Campeã de gratificações

O levantamento da Veja ainda mostra que Juciara da Conceição Raimundo foi a campeã em gratificações, segundo dados da Lei de Acesso à Informação (LAI). A integrante faturou R$ 673 mil.

Ela foi exonerada em dezembro de 2018 e trabalhou mais de 11 anos no gabinete do vereador, sete dos quais recebendo o valor extra. Segundo a revista, o bônus era de R$ 7 mil por mês, além do salário de R$ 10 mil. Apesar do valor considerável, a revista afirma que Juciara morava em uma casa simples, que divide espaço com uma oficina mecânica, na favela em Cordovil, no Rio de Janeiro.

Já a aposentada Leila de Carvalho Lino, moradora de Santa Cruz (RJ), disse à revista que raramente ia à Câmara e não sabia explicar suas funções. Apesar disso, ela teria ganhado R$ 160 mil em bônus, mais o salário. O mesmo aconteceu com Noélia de Macedo Duarte, que recebia o valor de R$ 451 mil ao longo dos 18 anos, apenas em adicionais.

Caso Carlos Bolsonaro seja denunciado pelo suposto esquema, ele pode responder pelos crimes de peculato, corrupção e, na esfera cível, improbidade administrativa.

“Núcleo de Resende”

A Veja ainda cita o “núcleo de Resende”, formado por parentes e amigos de Ana Cristina Valle, a segunda esposa de Jair Bolsonaro, contratados por Carlos mesmo morando a 170km do Rio de Janeiro. Vale lembrar que o funcionário pode realizar suas funções fora da Câmara, mas precisa atuar no município em que está lotado.

Ana Cristina teria sido contemplada, segundo a Veja, com R$ 120 mil em bônus. Já seu primo Guilherme de Siqueira Hudson recebeu R$ 78 mil, enquanto a cunhada Marta da Silva Valle – moradora de Juiz de Fora –, faturou R$ 50 mil em extras.

O ex-cunhado Gilmar Marques, morador de Rio Pomba (MG), ganhou R$ 88 mil. Até a babá de um filho do primeiro casamento de Ana Cristina, Cileide Barbosa, ganhou R$ 54 mil em gratificações.

O levantamento ainda mostra um segundo grupo familiar, liderado pelo militar Edir Barbosa Guedes, que até hoje consta na folha do vereador Carlos Bolsonaro. Ele mora em Magé, a 60km do Rio de Janeiro. Juntos, Goes, sua mulher, Neula, a irmã, Nadir, e o filho Rafael levaram R$ 1,35 milhão em extras no tempo em que trabalharam no generoso gabinete da Câmara de Vereadores do Rio.

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