O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) atualizou, perante o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a informação sobre a doação de R$ 10 mil que recebeu do pai, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), para sua campanha de reeleição à Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro. O filho “02” do chefe do Executivo federal havia recebido o valor “em espécie”, o que contraria lei eleitoral.
Após o jornal O Globo revelar a irregularidade da doação, Carlos foi ao Twitter dizer que devolveria o dinheiro para, depois, recebê-lo conforme as regras eleitorais.
Pela norma, um candidato não pode receber mais de R$ 1.064 em dinheiro vivo. Valores que ultrapassarem essa cifra só podem ser recebidos mediante transferência eletrônica, cheque nominal ou cruzado.
Após devolver o dinheiro, o vereador declarou tê-lo recebido novamente, desta vez via transferência. A doação inicial, feita em dinheiro, ocorreu no dia 2 de outubro, e a retificação está registrada no dia 7 deste mês, mas a informação só foi atualizada nesta segunda-feira (12/10).
Declaração de bens
Ao TSE, Carlos declarou ter recebido R$ 20 mil para a campanha de reeleição, sendo R$ 10 mil depositados pelo pai e outros R$ 10 mil por ele próprio.
Na declaração de bens do filho “02” constam três apartamentos, um carro modelo HB20 2015, R$ 40 mil em uma conta poupança no Banco do Brasil e R$ 20 mil guardados em casa. Carlos também é um dos sócios da empresa Bolsonaro Digital Ltda, companhia que ainda não entrou em atividade, mas surgiu para promover monetização no YouTube.
Os demais sócios são a primeira mulher do presidente e também candidata a vereadora, Rogéria Nantes, e os outros dois filhos que ela tem com Bolsonaro: Flávio e Eduardo. O mandatário do país também aparece no quadro societário, com 29,4% da sociedade na empresa. O total de bens declarados chega a R$ 591 mil.
