A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quinta-feira (16/12), um requerimento de urgência para a tramitação do projeto de lei que regulamenta os jogos de azar no país. Com isso, a discussão do tema será feita diretamente no plenário da Casa, sem ter que passar pelas comissões.
O assunto é de interesse do governo. O Ministério do Turismo, sob a gestão do ministro Gilson Machado, é um dos maiores defensores da legalização da atividade.
O texto a ser discutido e votado foi relatado pelo deputado Felipe Carreras (PSB-PE). A liberação dos jogos, no entanto, divide evangélicos e a base de apoio do governo, principalmente partidos do Centrão, que são a favor da aprovação da proposta. Os religiosos resistem à proposta.
Antes da votação, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu a aprovação do projeto e que, pelo menos, o requerimento de urgência fosse votado nesta quinta. Para Lira, a ideia é já dar início ao processo de discussão da proposta no plenário, no entanto, ele admite deixar a votação para fevereiro, caso os parlamentares entendam que ainda é necessário mais amadurecimento.
Ainda nesta quinta, o coordenador da bancada evangélica, Cezinha de Madureira (PSD-SP), disse ao Metrópoles que não negociou com os deputados a aprovação da proposta e disse que cobrou a presença de parlamentares da frente religiosa em plenário, com o objetivo de obstruir a votação.
No entanto, ele é acusado por membros da própria bancada de ter negociado esse ponto, considerado crucial pelo grupo.
