A instalação da Comissão Especial que analisará a reforma da Previdência, nesta quinta-feira (25/04/2019), começou sob forte tensão. Após deputados de oposição recorrerem ao Supremo Tribunal Federal (STF) para barrar a tramitação, parlamentares iniciaram o processo de eleição para os cargos de presidente e relator da comissão.
Trata-se de uma formalidade, pois os nomes escolhidos por consenso dos líderes foram anunciados na manhã desta quinta-feira. Marcelo Ramos (PR-AM) e Samuel Moreira (PSDB-SP) serão, respectivamente, presidente e relator da comissão.
No início da sessão, os deputados da oposição apresentaram uma série de requerimentos, o que irritou parlamentares governistas. O áudio dos microfones foi desligado e uma gritaria generalizada tomou conta do plenário.
O deputado Alexandre Frota (PSL-SP) reclamou da confusão no plenário.“Temos que deixar claro que não precisamos de torcida, convidados. Não vamos aceitar que continuem tumultuando. Aqui, vamos trabalhar e trabalhar de verdade”, disse o ex-ator de filmes pornográficos.
Na mesma tendência, o deputado Capitão Alberto Neto (PRB-AM) pediu que o tema fosse tratado com seriedade. “Essa é uma discussão importante para o país, estamos garantindo aposentadoria para o futuro”, ressaltou.
O parlamentar Diego Garcia (Podemos-PR) tentou colocar panos quentes. “Deputados têm a possibilidade de fazer ajustes, propostas e fazê-la [reforma] ser justa, cortando privilégios e beneficiando os pobres, que são os que mais sofrem. É hora de mostrarmos o protagonismo do Congresso e aperfeiçoar essa proposta”, ponderou.
Por volta de 11h50, os deputados começaram a votação para eleger o presidente e o primeiro vice-presidente. Apesar de o processo estar em andamento, os parlamentares continuam com a discussão.
