PGR diz ao STF ser contra apreensão do passaporte de Eduardo Bolsonaro

Gonet argumentou que pedido apresentado pelo PT não merece prosperar. Decisão agora está nas mãos de Alexandre de Moraes

atualizado 18/03/2025 17:49

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Deputado Eduardo Bolsonaro PL-SP é entrevistado no estúdio Metrópoles VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu o arquivamento do pedido apresentado pelo Partido dos Trabalhadores (PT) sobre a apreensão do passaporte do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

O pedido foi protocolado pela PGR na tarde desta terça-feira (18/3). Mais cedo, o parlamentar anunciou que permanecerá nos Estados Unidos, alegando sofrer ameaças do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

No despacho, Gonet afirmou que os relatos apresentados pelo PT e pelos deputados petistas não contêm elementos mínimos que justifiquem a abertura de uma investigação. “Não indicam suficientemente a realidade de ilícito penal, justificadora da deflagração da pretendida investigação”, escreveu.

O procurador-geral também argumentou que as condutas atribuídas ao deputado não têm tipificação legal, especialmente no artigo 359-I do Código Penal, que trata da negociação com governo ou grupo estrangeiro para provocar atos de guerra contra o Brasil.

“As condutas narradas, portanto, não encontram tipificação legal, especialmente no tipo previsto no art. 359-I do Código Penal, que pressupõe, para a sua consumação, a negociação com governo ou grupo estrangeiro, ou seus agentes, com o fim de provocar atos típicos de guerra contra o País ou invadi-lo, circunstâncias ausentes no caso dos autos”, ressaltou.

“Inexistindo elementos concretos sobre a existência de negociação objetivando a concretização da finalidade ilícita prevista no tipo legal, há que se prestigiar a observância do princípio da legalidade em seu sentido estrito”, destacou Gonet. Segundo ele, não é possível classificar condutas como crimes sem respaldo em lei.

Agora, a decisão sobre o pedido do PT cabe ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF.

Queixa-crime

A queixa-crime apresentada pelo PT acusava Eduardo Bolsonaro de agir em “total dissintonia com a realidade, atentando contra os interesses nacionais” e de promover “retaliações contra o Brasil nos Estados Unidos”.

A denúncia, apresentada em um inquérito sigiloso, reúne 16 páginas em que os petistas alegam que o deputado tenta pressionar “não só um integrante de um dos Poderes da República, mas o próprio Poder Judiciário nacional”.

O partido e os parlamentares argumentaram ainda que Eduardo Bolsonaro busca “causar embaraço à investigação em curso no STF”, incluindo inquéritos que apuram a tentativa de golpe de Estado, a tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.

A petição petista sustentava que a conduta do parlamentar poderia ser enquadrada como crime de “lesa-pátria”, pois atentaria contra a “soberania nacional, a integridade das instituições democráticas e o interesse público, comprometendo a estabilidade do Estado e suas relações internacionais”.

O parecer da PGR decepciona lideranças da oposição, que se diziam otimistas, nos bastidores, com a manifestação de Gonet, conforme mostrado pelo Metrópoles na coluna de Igor Gadelha.

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