A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) atualizou a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2023, de 3,2% para 3,0%
Em relatório divulgado nesta segunda-feira (18/12), a entidade afirmou que a economia brasileira deve registrar uma expansão próxima à estimada pelo Ministério da Fazenda. Em março, a estimativa era a de uma alta de 1%. Já em setembro, a projeção aumentou para 3,2%.
Para 2024, a OCDE subiu a projeção de 1,7% para 1,8%. A organização cita condições de crédito mais apertadas e uma desaceleração global. “Uma colheita recorde está impulsionando o crescimento, enquanto o setor de serviços ainda está se recuperando do choque pandêmico”, diz o relatório.
A OCDE ainda frisa um recuo na inflação, explicada principalmente pela redução nos preços dos alimentos e da energia. Além disso, a guerra da Rússia contra a Ucrânia e os consequentes aumentos de preços globais alimentaram pressões inflacionistas que depois se dissiparam.
“Os riscos para a atividade econômica estão equilibrados. O crescimento mais fraco na China, principal parceiro comercial do Brasil, poderia reduzir as exportações, enquanto uma desinflação mais rápida poderia permitir reduzir as taxas de juro e aumentar o investimento”, prossegue o documento.
Projeções do governo e do mercado
Segundo o último Relatório Focus, divulgado também nesta segunda, o PIB brasileiro deve ter crescimento de 2,92% neste ano e de 1,51% no próximo. O relatório, divulgado pelo Banco Central (BC), apresenta as estimativas do mercado para a economia brasileira.
Em novembro, o Ministério da Fazenda revisou, de 3,2% para 3,0%, a estimativa de crescimento do PIB. De acordo com a SPE, a redução repercute a revisão na expectativa de crescimento para o terceiro semestre, além de projeções menos otimistas para o setor de serviços até o restante do ano.
