O Santander atualizou suas projeções para o desempenho da economia brasileira neste e no próximo ano e voltou a aumentar as estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.
Segundo relatório divulgado pelo banco, o país deve crescer 2,8% em 2023, ante a projeção anterior de 2,5%. Para 2024, a estimativa subiu de 1% para 1,2%.
“Do lado positivo, vemos agora uma dinâmica mais forte no mercado de trabalho – levando a revisões altistas nos serviços e no consumo das famílias. Adicionamos também um impulso fiscal maior, devido ao pagamento de precatórios. Por fim, um maior carregamento estatístico de 2023”, afirma o Santander.
“Do lado negativo, incorporamos os levantamentos divulgados pelo IBGE para a agricultura no próximo ano, o que resultou numa revisão para baixo na agropecuária”, prossegue o relatório.
De acordo com dados divulgados no início desta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB do Brasil registrou uma leve alta de 0,1% no terceiro trimestre de 2023. O resultado confirma a desaceleração da economia do país após dois trimestres consecutivos de forte expansão, mas veio acima das expectativas do mercado.
Inflação
Em relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, o Santander também revisou suas projeções.
Para 2023, segundo o banco, a inflação deve ficar em 4,4% (ante 4,6% da última estimativa). Em 2024, a expectativa para o IPCA subiu de 3,8% para 3,9%.
Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é de 3,25%. Como há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%. Em 2024, a meta será de 3%.
