MP Eleitoral recorre ao TSE para cassar governador do Rio de Janeiro

De acordo com o MP, a chapa do governador Cláudio Castro (PL) usou mais de R$ 10 milhões do FEFC para pagamentos indevidos

atualizado 27/02/2025 19:46

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governo cláudio castro - Metrópoles Igo Estrela/Metrópoles

O Ministério Público (MP) Eleitoral recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para cassar o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e o vice-governador, Thiago Pampolha (União Brasil), por gastos ilícitos na campanha de 2022.

De acordo com o MP Eleitoral, as apurações provaram que a chapa vencedora usou mais de R$ 10 milhões do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) para pagamentos indevidos.

Em maio de 2024, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), por maioria, rejeitou a cassação do governador do estado, Cláudio Castro. Contestando a decisão do TRE-RJ, o MP Eleitoral argumentou que o tribunal regional se baseou em premissas equivocadas e em vícios quando analisou o caso.

Para o MP, o acórdão errou ao isentar os políticos, por supostamente não terem conhecimento da ilegalidade nos repasses da chapa majoritária, em sua maioria de origem pública (FEFC). “Além disso, o TRE ignorou que a irregularidade veio tanto da influência nos atos quanto do benefício eleitoral obtido no contexto da eleição”, diz o MP.

A pena fixada na Lei das Eleições (Lei 9.504/1997, art. 30-A) para a conduta é a cassação e a inelegibilidade dos candidatos favorecidos pelos gastos ilícitos.

Na leitura do MP, os gastos ilícitos de recursos na campanha ficaram evidentes na prestação de contas dos políticos e foi comprovada nas investigações, que incluíram a quebra de sigilo bancário.

As condutas violaram a legislação eleitoral quanto ao financiamento da campanha, o que tornou ilegítimos os recursos gastos por Castro e Pampolha. Nesse sentido, o MP Eleitoral alerta que os fatos foram graves o suficiente para configurar os gastos ilícitos de recursos, com potencialidade para afetar o pleito de 2022, “e não como meras falhas formais e/ou impropriedades de natureza contábil”.

Segundo as apurações, oito fornecedores receberam movimentações irregulares da campanha em 2022: Cinqloc Empreendimentos (ACE Rio), Car Service Logística e Eventos, WR Car Service Locação de Veículos e Eventos, M.N. Seixas Automóveis, Posto Novo Recreio, Vitoraci Comunicação 2022 SPE, 8em7 Inteligência em Comunicação e Arrow Agência Digital Marketing e Parcerias.

Outro lado

Em nota encaminhada ao Metrópoles, a assessoria do governador Cláudio Castro informou que a defesa “já forneceu todos os esclarecimentos necessários, e as provas apresentadas confirmam que não houve qualquer ilegalidade”.

“É importante destacar que, no ano passado, em outro processo, os membros do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) aprovaram, por unanimidade e sem ressalvas, as mesmas contas, com base no parecer técnico do próprio tribunal”, acrescenta a nota.

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