O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) compareceu ao Clube do Exército, em Brasília, para uma celebração dos 25 anos do Ministério da Defesa. O evento serviu também para anunciar o início do alistamento feminino nas Forças Armadas.
Serão 1.500 vagas, a partir de 2025, para as mulheres. O alistamento será na mesma época do masculino, de janeiro a junho. Para o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, a medida corrige um “atraso” do Brasil em relação a outros países.
“É uma coisa importantíssima em que a gente está atrasado. Temos alguns países vizinhos mais avançados do que o Brasil. Não é simples, primeiro, porque é voluntário. Estamos procurando desenvolver. Temos que adaptar instalações porque agora elas vão para o combate, vão treinar tiro”, afirmou o ministro.
Ele definiu o decreto como “uma vitória muito grande”.
“Não pode ser de repente. Hoje temos em postos de escritórios, mas não é isso que a gente deseja”, destacou Múcio.
Apesar disso, apenas uma ministra de Estado compôs o palco do anúncio: Margareth Menezes, da Cultura. O restante do palanque foi ocupado por diversos ministros homens e esposas de autoridades, como a primeira-dama Janja Lula da Silva, e Vera Brennand, casada com o ministro da Defesa, José Múcio.
Eram cerca de 10 mulheres, na comparação de aproximadamente 30 homens. A justificativa era de que esses eram os homenageados com a medalha em ordem do mérito da defesa.
Entre os ministros, estavam: André Fufuca (Esporte), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral), Jader Filho (Cidades), e Renan Filho (Transportes). Paulo Gonet, procurador-geral da República, também marcou presença.
Aproximação
Lula tem demonstrado aproximação das Forças Armadas desde o início deste novo mandato e, na semana passada, esteve em solenidade para o Dia do Soldado, no Quartel-General do Exército – local que serviu de acampamento golpista de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) no fim de 2022.
O grupo militar ficou marcado pelo seu apoio a Bolsonaro, mas o atual presidente deseja demonstrar que não há rivalidade ou revanchismo do Executivo com a caserna.
