PF usou e-mails, agendas e decisões como indícios contra Toffoli

Documentos serviram como elementos de corroboração ao depoimento de Sérgio Cabral sobre a suposta venda de decisões do ministro do STF

atualizado 21/05/2021 7:57

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Dias Toffoli Andre Borges/Especial Metrópoles

A Polícia Federal usou e-mails, agendas com encontros dos envolvidos, mensagens por aplicativos, anotações e decisões como elementos de corroboração ao depoimento de Sérgio Cabral sobre a suposta venda de decisões do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF). A informação foi publicada no jornal Folha de S.Paulo nesta sexta-feira (21/5).

Com a documentação, a PF pediu abertura de inquérito contra o ministro do Supremo. A Corte começa a julgar nesta sexta-feira (21/5), no plenário virtual, o recurso da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a validade da delação de Cabral com a PF.

Toffoli afirma desconhecer os fatos mencionados e diz que jamais recebeu qualquer valor ilegal. Na última sexta (14/5), o ministro Edson Fachin, relator do caso, indeferiu os pedidos de investigação após a Procuradoria-Geral da República se manifestar contra a apuração.

A polícia vislumbra nos documentos indícios da relação de Cabral e seu grupo com José Luiz Solheiro, que seria o intermediário de Toffoli e da esposa, a advogada Roberta Rangel.

Segundo Cabral, Solheiro, que é ex-policial militar, integrou a equipe de segurança e a do ex-governador Luiz Fernando Pezão. A PF fez uma apuração preliminar sobre o ex-PM e encontrou empresas sediadas em Jundiaí (SP) registradas em seu nome e no de um sócio.

“Considerando o modo como estão dispostas, há indícios de que possam ser empresas de fachada (algumas) e/ou utilizadas para confundir e dificultar a fiscalização”, diz a PF em relatório.

Segundo Cabral, Solheiro era conhecido por ter boas relações com empresários paulistas e com integrantes do Judiciário.

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Em delação, Cabral afirmou que Toffoli recebeu R$ 3 milhões para alterar voto e mais de R$ 1 milhão para conceder liminar a dois prefeitos fluminenses que apresentaram recursos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para reverter a cassação dos mandatos.

Do material compartilhado com autorização de Fachin, a PF usa a agenda de Pezão apreendida na operação Boca de Lobo para mostrar registros de encontros entre o ex-governador e Solheiro em períodos próximos à decisão supostamente comprada, ocorrida em 23 de junho de 2015.

Ainda, a PF utiliza as agendas de Pezão para sustentar a tese da proximidade entre ele e Toffoli. Segundo um relatório produzido pelos investigadores, o ex-governador se reuniu com o ministro ao menos cinco vezes nos anos de 2016, 2017 e 2018.

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