Em acordo de delação premiada firmado com a força-tarefa da Operação Lava Jato, executivos da Odebrecht dirão que o “Pós-Itália”, codinome que aparece em uma lista encontrada na sessão de propina da empreiteira, é o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega. O apelido aparece associado a R$ 50 milhões que deveriam ser repassados ao PT. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Um e-mail de um funcionário da Odebrecht interceptado pela Polícia Federal, intitulado “Posição Programa Especial Italiano”, indicaria de propinas pagas ao partido entre 2008 e 2012, de acordo com interpretação da PF e dos procuradores. De acordo com o documento, enviado no dia 31 de junho de 2012, os pagamentos supostamente ilícitos somavam R$ 200 milhões.
As planilhas foram elaboradas por Maria Lucia Tavares, secretária da empresa que cuidava do controle do pagamento de propina. Presa em fevereiro, ela vem repassando as informações à PF após firmar acordo de delação premiada. De acordo com a funcionária, os valores dizem respeito aos repasses feitos às campanhas do PT, que passavam também para o marqueteiro João Santana por meio de caixa 2.