Após a extensa fala do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que defendeu a suspeição do ex-juiz Sergio Moro e criticou o voto do colega, Nunes Marques, o mais recente integrante da Corte afirmou que “não teme ninguém, apenas a Deus”. Ele se mostrou incomodado com as declarações de Gilmar Mendes, mas disse que sua resposta seria “o silêncio”.
Durante o julgamento da suspeição de Moro no caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, indiretamente, Mendes disse que o voto proferido por Nunes Marques – contra a suspeição de Moro e no qual afirmou que “todo magistrado tem a obrigação de ser garantista” – foi uma “indecência“. “Isto, ministro Kassio, com a devida vênia, nada tem a ver com garantismo. Isto é uma indecência.”
Ao rebater as críticas, Nunes Marques ressaltou que não teve “intenção de desqualificar argumentos” dos outros magistrados e que “o silêncio é homenagem aos votos divergentes”.
“Expus minhas ideias com solar clareza. Peço escusas se ofendi a forma de pensar dos senhores”, finalizou o magistrado indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Na sequência, o ministro Gilmar Mendes soltou: “Desculpe-me, [mas] isso que acabei de ler cada um sustente como quiser. Não tenho nada que retirar”.
