GT de Lula propõe derrubar sigilos de 100 anos impostos por Bolsonaro

Desde o início de sua gestão, o atual presidente impôs proibição de acesso a dados públicos em ao menos sete ocasiões

atualizado 23/12/2022 11:46

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O presidente eleito Lula acena após discurso na COP27, no Egito - Metrópoles Christophe Gateau/picture alliance via Getty Images

São Paulo – O Gabinete de Transição (GT) da futura gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) propõe, em seu relatório final, a revisão dos atos do governo de Jair Bolsonaro que impuseram sigilo “indevido”, de 100 anos, a documentos de acesso público.

A proposta consta no documento apresentado nessa quinta-feira (22/12) pelo coordenador-geral do GT e vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB). Ele afirmou que o relatório aponta um “desmonte” do Estado e as políticas públicas por parte do atual presidente.

Na revisão do sigilo de 100 anos para documentos públicos, seriam analisados os casos contidos em lista apresentada à equipe, por especialistas e entidades da sociedade civil, “com expertise na área de transparência.”

O GT sugere que sejam tomadas duas medidas. São elas: despacho presidencial determinando à Advocacia-Geral da União para que avalie os casos considerados “imposição indevida de sigilo” e a elaboração de uma proposta que indique o uso da atual Lei de Acesso à Informação com relação à proteção de dados pessoais.

Ainda quando era pré-candidato, Lula já havia prometido que, caso eleito, promoveria um “revogaço” de todos os sigilos centenários impostos por Bolsonaro.

O relatório é resultado de um trabalho de 34 dias (entre 8 de novembro e 12 de dezembro), que envolveu cerca de mil pessoas nas atividades de 32 grupos temáticos.

A gestão Bolsonaro foi procurada pelo Metrópoles, mas não havia se manifestado até a publicação desta reportagem.

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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva recebe o relatório das mãos de Alckmin
Lula apresentou um balanço da transição durante o encontro e mencionou a aprovação da PEC da Transição: “Primeira vez que um presidente começa a governar antes da posse”
Durante pronunciamento, Lula afirmou que recebeu o Brasil em "situação de penúria". "As coisas mais simples não foram feitas", reforçou.
Lula ainda afirmou que Bolsonaro "preferia contar mentiras no cercadinho do que governar esse País".
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O coordenador-geral do Gabinete de Transição e vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, apresenta relatório final da transição

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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva recebe o relatório das mãos de Alckmin

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Lula apresentou um balanço da transição durante o encontro e mencionou a aprovação da PEC da Transição: “Primeira vez que um presidente começa a governar antes da posse”

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Durante pronunciamento, Lula afirmou que recebeu o Brasil em "situação de penúria". "As coisas mais simples não foram feitas", reforçou.

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Lula ainda afirmou que Bolsonaro "preferia contar mentiras no cercadinho do que governar esse País".

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Expectativa é que o nome de 17 novos ministros seja anunciado nesta quinta-feira (22/12)

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“Em 100 anos saberá”

Desde que o foi eleito, Jair Bolsonaro decretou sigilo de 100 anos a informações pessoais ligadas a ele, ou a seus familiares, em ao menos sete ocasiões.

As medidas resultam de uma interpretação do artigo 31 da Lei de Acesso à Informação, criada para garantir a transparência da gestão pública.

O referido trecho, porém, diz que alguns dados, sobre informações pessoais, podem ser colocados em sigilo de 100 anos, em certas ocasiões.

Inquirido por um internauta sobre a imposição dos sigilos em assuntos “espinhosos” de seu mandato, Bolsonaro escreveu em uma rede social: “Em 100 anos saberá.”

Os sigilos

2020

  • Quando o jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho foi preso no Paraguai, o governo Bolsonaro ajudou em sua libertação. As mensagens trocadas entre o irmão do atleta e o Itamaraty foram colocadas em sigilo
  • Passaram a ficar em sigilo centenário os nomes dos servidores que postam no perfil da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) no Twitter.

2021

2022

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