A pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (21/3), pela Folha de São Paulo, mostra que 35% dos entrevistados consideram o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ótimo ou bom, contra 33% que avaliam como ruim ou péssimo e 30% como regular. Isso caracteriza um cenário de empate técnico entre aprovação e reprovação, pois a margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
O levantamento foi realizado nos dias 19 e 20 de março, com 2.002 entrevistas em 147 cidades do país.
A aprovação do governo Lula teve queda de três pontos percentuais em comparação com a pesquisa anterior, realizada no começo de dezembro para avaliar o primeiro ano da terceira gestão do petista.
A reprovação da gestão de Lula, por outro lado, subiu três pontos, de 30% em dezembro, para 33% em março. O índice de pessoas que não souberam responder permaneceu no mesmo patamar, de 2%.
Antes da divulgação, Lula realizou uma reunião ministerial nessa segunda-feira (18/3). No encontro, o petista cobrou a entrega de pastas importantes do Executivo, como do Ministério da Saúde, que enfrenta um aumento nos casos de dengue no Brasil.
O presidente também tem sido alvo de críticas em decorrência do seu posicionamento sobre o conflito entre Israel e o Hamas. O petista defende um cessar-fogo imediato e condenou, diversas vezes, as ações militares israelenses.
Evangélicos
A reprovação de Lula tem crescido principalmente entre os evangélicos, que ele tenta se aproximar desde a eleição de 2022, mas tem perdido cada vez mais espaço para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Entre os evangélicos, 43% avaliam o governo Lula como ruim ou péssimo e 25% consideram como ótimo ou bom.
Já entre os católicos, a aprovação de Lula permaneceu estável, continua em 43%. A reprovação do petista teve leve alta, saiu de 28% em dezembro para 29% em março, dentro da margem de erro.
O levantamento questionou a insatisfação dos entrevistados com a gestão do petista. 58% consideram que Lula faz menos do que poderia ter feito, percentual semelhante ao de dezembro (57%). Apenas 15% acham que ele fez mais, e 24%, o esperado.
