O ex-ministro Henrique Meirelles (GO), pré-candidato emedebista à Presidência da República, respondeu, em entrevista ao Metrópoles nesta quarta-feira (18/7), às críticas feitas pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) – segundo o político alagoano, subir ao palanque do ex-titular da Fazenda seria uma “condenação”. O postulante ao Planalto sugeriu uma comparação das biografias de ambos.
“Isso do ponto de vista dele, né? Basta você olhar as biografias que dá para entender. Olha a minha biografia e olha a dele”, alfinetou Meirelles, que pretende oficializar sua candidatura na convenção do partido, marcada para o próximo dia 2 de agosto.
Meirelles enfatizou o caráter democrático das divergências internas da legenda e se disse confiante na aprovação de seu nome. “É bom porque traça a diferença. Encontrei muitos convencionais do MDB líderes e dirigentes do partido que me disseram: ‘Vi o vídeo. Agora é que estou mais determinado a fazer campanha para o senhor’”, destacou o ex-ministro.
Para o postulante ao Planalto, a indicação dos ministros para os tribunais superiores deve continuar sendo feita pelo presidente da República. Meirelles afirmou que vai usar a mesma metodologia para formar sua equipe econômica, apelidada pela imprensa, segundo ele, de dream team do governo.
“É uma atribuição básica do presidente da República. Sempre farei de acordo com o critério que sempre usei em minha vida toda”, disse o ex-ministro. “A nomeação tem de ser feita com rigor e qualificação”, enfatizou.
O ex-titular da Fazenda, no entanto, evitou dizer se seus atuais colegas de governo passariam nesse critério. “Não vou aqui fazer o papel de juiz”.
Henrique Meirelles procurou não criticar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O emedebista participou da gestão Lula como dirigente do Banco Central durante os dois mandatos do petista.
“Todo acusado, inclusive o ex-presidente Lula, tem o direito de se defender. Para isso, ele tem advogados. Isso faz parte do funcionamento da Justiça. Ter apoio político e simpatizantes faz parte da política, mas respeitando a decisão da Justiça”, destacou Meirelles.