O paciente de 26 anos que morreu no Rio de Janeiro com suspeita de coronavírus não foi diagnosticado a tempo de tentar um tratamento, alega a mãe da vítima. Ela conta que tentou realizar o exame para confirmar a doença por uma semana, mas não conseguiu.
A engenheira de 54 anos contou à revista Época que o filho era um “jovem saudável” e nunca apresentou qualquer problema de saúde. “Acabei de cremar o corpo do meu caçula, um jovem saudável. A falta de diagnóstico levou meu filho. Se tivesse antes a confirmação da infecção pelo coronavírus, talvez ele pudesse ser salvo”, desabafou.
O rapaz acordou no dia 15 de março com febre, mal-estar e falta de apetite. Ele tentou se tratar em casa por quatro dias, mas precisou procurar o Hospital Badim, na Tijuca, onde foi liberado.
Uma semana depois, no último sábado (21/03), o quadro evoluiu drasticamente e ele precisou ser internado e entubado. Enquanto respirava com ajuda de aparelhos, ele teve um parada cardíaca e morreu horas depois.
À revista, a mãe disse que o filho, integrante de uma banda de pagode, fazia check-up da anualmente e cultivava bons hábitos de saúde.
“Meu filho não estava no chamado grupo de risco. Não fumava. Na primeira vez que deu entrada no hospital, foi vista uma mancha pequena no pulmão. Na segunda, ele já estava com 50% da capacidade respiratória comprometida”, contou.
Três dias antes dos primeiros sintomas, o rapaz foi ao estádio de São Januário para ver um jogo da Copa do Brasil.
Em defesa, o hospital disse que seguiu todos os protocolos do Ministério da Saúde e que realizou o exame do paciente. Em nota, a intuição afirmou que relatou o caso como coronavírus antes mesmo do resultado do teste.