Rio de Janeiro – O advogado Anderson Rollemberg, que defende a deputada federal Flordelis dos Santos de Souza (PSD), pediu ao 3º Tribunal do Júri a troca da tornozeleira eletrônica usada pela parlamentar. A defesa alega anomalia no equipamento. Flordelis é acusada de ser a mandante do assassinato marido, o pastor Anderson do Carmo, morto com mais de 30 tiros, em 2019.
Laudo da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) do Rio de Janeiro apontou que o equipamento falhou 11 vezes entre outubro do ano passado e fevereiro deste ano. Nesse ínterim, o dispositivo ficou desligado por quase 17 horas. Procurado, o advogado não se pronunciou.
Rollemberg negou ainda falhas da usuária na utilização da tornozeleira. Alegou que há equívocos nos registros e que o serviço de atendimento 0800 da Seap não funciona.
Ele pediu para que os relatórios da secretaria sejam enviados mensalmente ao juízo e que ele seja informado por e-mail de qualquer suspeita de violações. A juíza Nearis Arce ainda não decidiu sobre os pedidos. Procurada, a Seap também não se pronunciou.
Por ordem da juíza, Flordelis não pode sair mais de casa das 23h às 6h. A parlamentar pode participar das sessões da Câmara dos Deputados por plataforma virtual.
Acusada de ser a mandante do assassinato do marido, o Ministério Público pediu à Justiça que a parlamentar seja levada a júri popular. Ela responde ainda processo por quebra de decoro na Câmara dos Deputados.
