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Sob pressão, Lula define essa semana ações eleitorais “mais robustas”

Petista tem sido criticado dentro de seu grupo por encontros restritos e é cobrado a lançar logo seu nome e partir para agenda nas ruas

atualizado 04/04/2022 2:04

Ex-presidente Lula participa de encontro Internacional Democracia e Igualdade na UERJ, durante passagem de compromissos políticos no Rio. Aline Massuca/Metrópoles

A movimentação de Lula até agora não tem agradado parte de seu grupo político, que quer ele mais ativo nas ruas, menos encontros às “portas fechadas” e que busque mais contatos com outros nomes do centro, como declarou  ontem o senador Randolfe Rodrigues, escolhido um dos coordenadores de sua campanha.

Randolfe alertou sobre o risco de derrota para Jair Bolsonaro se o petista mantiver esse comportamento, como declarou em entrevista ao colunista Guilherme Amado. 

Integrantes da Executiva do PT também receiam que Lula esteja perdendo tempo, enquanto Bolsonaro vem ganhando pontos  nas pesquisas.

“A campanha está muito acanhada ainda. Encontros com artistas e movimentos sociais são ótimos, sempre, mas tem que se avançar em outros públicos e espectros políticos. Estes grupos nós já temos” – disse um parlamentar do PT, que pediu reservas.

O jornalista Ricardo Kotscho, que atuou durante anos ao lado de Lula em campanhas e no seu governo, escreveu ontem na sua coluna no “UOL” que nunca o petista demorou tanto para lançar seu nome no páreo.

“Outros candidatos já entraram e saíram da campanha, depois desistiram de desistir, o cenário se move a cada semana, e o ex-presidente continua jogando parado. Não sei qual é a estratégia, mas é fato também que o principal adversário, o presidente Bolsonaro, candidato à reeleição, há tempos deixou de governar o país para se dedicar em tempo integral à campanha, ou seja, para atacar Lula, dia sim, e no outro também” – escreveu Kotscho na sua coluna.

Com tantas críticas, Lula decidiu ao menos elaborar uma agenda de encontros “mais robustos”, como definiu outro petista próximo a ele. A sensação é de que, depois da filiação de Geraldo Alckmin ao PSB – seu provável vice -, nada mais andou na campanha de Lula.

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