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São Paulo se rende aos ataques e às baixarias nas eleições

À moda baiana

atualizado 27/09/2024 0:59

Rafaela Felicciano/Metrópoles

No final dos anos 1980, os marqueteiros baianos apostavam entre si para ver quem ficava devendo mais tempo de propaganda à Justiça Eleitoral.

Explico: os programas de rádio e de televisão dos candidatos batiam tanto uns nos outros, e quase sempre abaixo da linha de cintura, que a Justiça Eleitoral era obrigada a conceder dezenas de direitos de resposta.

Tantos eram os direitos de resposta que a campanha acabava e parte deles não era cumprido. Esperteza!

São Paulo importou a nata dos marqueteiros baianos (Geraldo Walter de Souza Filho, Duda Mendonça e Nizan Guanaes, entre outros). E com isso naturalmente seus métodos.

A Justiça tomou de Paulo Maluf (PP), candidato a prefeito de São Paulo, 35 minutos de propaganda para compensar os ataques contra José Serra (PSDB); – e de Marta Suplicy (PT), 42 minutos pelo mesmo motivo.

Nada deixa um candidato mais furioso do sério do que perder tempo de rádio e de televisão na última semana de campanha. É no que dá ocupar seu espaço com ataques e não com propostas para governar.

 

(Publicado aqui em 27 de setembro de 2004)

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