Ministros da área política do governo foram dormir sem a certeza de que Bolsonaro aceitou o conselho de não comparecer, hoje, às manifestações contra o Supremo Tribunal Federal, organizadas por seus seguidores mais radicais e estimuladas por ele.
Numa feira de gado em Minas Gerais, Bolsonaro disse que as manifestações não são de protesto, mas de união pelo Brasil. Serão de protesto, sim, e de solidariedade ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado pelo Supremo a 8 anos de cadeia.
Bolsonaro terá dois palcos onde planejava se apresentar: um, em Brasília, diante do prédio do Congresso; outro, em São Paulo, na Avenida Paulista. Se o de Brasília, pela manhã, atrair muita gente, ele não resistirá à tentação de dar as caras por lá.
No dia 7 de setembro do ano passado, Bolsonaro discursou em Brasília e em São Paulo. Foi quando chamou de “canalha” o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, e disse que não respeitaria mais suas ordens. Recuou menos de 48 horas depois.
A conselho do ex-presidente Michel Temer, soltou uma nota pedindo desculpas, telefonou para Alexandre prometendo abraçá-lo em breve, coisa que não fez, e vestiu a fantasia de Jairzinho Paz e Amor. Há poucas semanas, jogou de vez a fantasia no lixo.
Ninguém sabe como ele irá comportar-se hoje.
