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Bolsonaro luta para impedir que Lula se eleja no primeiro turno

O candidato da terceira via continua sendo uma ficção até aqui

atualizado 15/12/2021 11:49

Isac Nóbrega/PR e

O presidente Jair Bolsonaro lutava para garantir vaga no segundo turno da eleição do ano que vem com a esperança de derrotar Lula. Agora, luta para evitar que Lula se eleja direto no primeiro turno.

Desde que a reeleição foi introduzida no país, só um presidente venceu sem precisar disputar o segundo turno: Fernando Henrique Cardoso em 1994 e 1998, contra Lula.

Outro dia, o ex-presidente Michel Temer comentou em conversa com amigos: “O voto do brasileiro pobre é de Lula e ninguém toma dele”. O Ipec, antigo Ibope, foi às ruas conferir, e é isso aí.

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A seguir, os candidatos à Presidência
Cabo Daciolo (Brasil 35) - Filiou-se ao partido Brasil 35 em outubro de 2021 e foi oficializado como pré-candidato para as eleições. No fim de dezembro, desistiu e declarou voto em Ciro Gomes
Ciro Gomes, do PDT
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O primeiro turno da eleição para presidente da República está marcado para 2 de outubro de 2022

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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A seguir, os candidatos à Presidência

Raimundo Sampaio/Esp. Metrópoles
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Cabo Daciolo (Brasil 35) - Filiou-se ao partido Brasil 35 em outubro de 2021 e foi oficializado como pré-candidato para as eleições. No fim de dezembro, desistiu e declarou voto em Ciro Gomes

Alex Ferreira/Câmara dos Deputados
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Ciro Gomes, do PDT

JP Rodrigues/Especial para Metrópoles
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Felipe d'Ávila, do Novo

Reprodução/Instagram
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Jair Bolsonaro, do PL

Alan Santos/PR
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João Doria (PSDB) - Vencedor das prévias do partido, Doria está oficializado como pré-candidato

Rodrigo Zaim/ Especial Metrópoles
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Leonardo Péricles, do UP

Emiliana Silbertein/ Amanda Alves/ Manuelle Coelho/ Jorge Ferreira
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Luiz Inácio Lula da Silva, do PT

Fábio Vieira/Metrópoles
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Simone Tebet, do MDB

Igo Estrela/Metrópoles

 

Dos que votam em Lula, 57% são pobres, além de 55% entre os menos escolarizados. Os dois grupos são os que mais sofrem com a inflação que aumentou, reduzindo a comida na mesa.

Se a eleição fosse hoje, Lula se elegeria no primeiro turno com 48% dos votos. Os demais candidatos, somados, teriam 38%. Dos que votaram em Bolsonaro, só 45% dizem que o fariam de novo.

A rejeição de Bolsonaro é quase o dobro da rejeição a Lula – 55% a 28%. A de João Doria (PSDB) é de 23%; Sergio Moro (PODEMOS), 18%; e Ciro Gomes (PDT), 15%.

A eleição de 2022 é sobre tirar Bolsonaro do poder, como a de 2018 foi sobre tirar o PT do poder. Até entre os evangélicos, Bolsonaro vai mal: 33% contra 34% de Lula. Quem diria…

Entre fevereiro passado e agora, a fatia dos eleitores que consideravam o governo bom e ótimo caiu de 28% para 19%. Cresceu de 39% para 55% a dos que o consideram ruim e péssimo.

Para não dizer que a pesquisa só trouxe más notícias para Bolsonaro, eis uma boa: ele aparece em segundo lugar, com 21% dos votos. Moro, com 6%, não lhe faz cócegas; nem Ciro, com 5%.

O candidato da chamada terceira via, portanto, ainda não pintou no pedaço, e talvez jamais pinte. Cuide-se Doria, que obteve 2%. O Cabo Daciolo (PMB), com 1%, ameaça ultrapassá-lo em breve.

O Ipec entrevistou 2.002 eleitores presencialmente em 144 municípios de todas as regiões entre os dias 9 e 13 deste mês.

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