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PT avalia ir à Justiça para impedir a presença de Bolsonaro na posse

Partido e segurança de Lula temem que até 1º de janeiro o atual presidente tensione ainda mais, com risco de violência na festa

atualizado 13/12/2022 22:29

Presidente eleito Lula da Silva participa de reunião aberta, no auditório do CCBB, para receber os relatórios elaborados pela equipe de transição. Na imagem, o presidente discursa em pé ao lado de Janja - Metrópoles Vinícius Schmidt/Metrópoles

Depois dos episódios de vandalismo protagonizados por seguidores de Jair Bolsonaro, anteontem, em Brasília, o PT não quer a presença do presidente na posse, no momento de passagem da faixa a Luiz Inácio Lula da Silva.

Bolsonaro, até agora, não confirmou se irá ou não até ao Parlatório colocar a faixa em Lula, em 1º de janeiro. Mas o PT e a equipe de segurança do eleito querem garantir que ele não compareça ao local. O objetivo é um só: evitar tumulto, confusão, violência e concentração de bolsonaristas na Esplanada dos Ministérios.

A estimativa da equipe da posse é que cerca de 300 mil petistas compareçam à festa.

No entorno de Lula, a avaliação é que Bolsonaro irá fazer esse suspense até o final, o que pode acirrar ainda mais o ânimo dos seguidores do ainda presidente, acampados em Brasília. Ou até mesmo levar à capital federal novos grupos de bolsonaristas.

A equipe de transição da área de Justiça e Segurança Pública avalia a possibilidade de se antecipar e entrar com um pedido na Justiça para impedir a presença de Bolsonaro no Palácio do Planalto no dia da posse. O que seria inédito.

Dois integrantes desse GT confirmaram ao Blog do Noblat que essa iniciativa é algo que está sendo avaliado e consultas estão sendo feitas. O argumento do pedido judicial seria de que a presença de Bolsonaro é risco iminente de conflito e tumulto e que pode colocar a vida das pessoas em risco.

“Bolsonaro não dá demonstrações de pacificar o clima. Ao contrário, só faz tensionar e permitir, quase autorizar, essa baderna que se viu em Brasília. Ou ele dá demonstrações cabais, com declarações e desmobilização desse pessoal nos QGs, principalmente na capital, ou teremos sim que adotar nossas medidas” – disse um desses integrantes do grupo ao Blog do Noblat.

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