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Governo Lula teme ficar “sozinho” no diálogo com a Venezuela

México abandonou intermediação da crise institucional que passa o país desde que Maduro reelegeu-se presidente 

atualizado 14/08/2024 18:00

Imagem colorida mostra Nicolás Maduro e Lula durante evento em Brasília - Metrópoles Hugo Barreto/Metrópoles

O presidente Lula (PT) e o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, conversaram ontem (14/08) por telefone, após o México abandonar a mediação na crise institucional que se instaurou na Venezuela após a reeleição contestada de Nicolás Maduro, ocorrida há duas semanas.

Durante o diálogo, ambos os presidentes expressaram preocupação com o possível isolamento da Venezuela no cenário internacional e com a possibilidade de novas sanções por parte dos Estados Unidos e da União Europeia. No Itamaraty, há receio de que a Colômbia também se afaste das negociações com Maduro, deixando o Brasil “sozinho” na tentativa de resolver o conflito.

A avaliação é que, sem o apoio de outros países, será extremamente difícil para o Brasil lidar com o reconhecimento ou não do resultado eleitoral venezuelano. A figura de Lula é vista como crucial para solucionar o impasse entre a oposição e o governo chavista.

Antes de o México se retirar das negociações, o país havia divulgado, juntamente com Colômbia e Brasil, uma nota solicitando a divulgação das atas eleitorais da Venezuela, que comprovariam a reeleição de Maduro. Agora, o México espera que o Tribunal Supremo de Justiça venezuelano emita um posicionamento.

Segundo alguns diplomatas, a posição do Brasil tem sido subestimada por Nicolás Maduro, que tem dado maior importância aos reconhecimentos de China, Rússia e Cuba.

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