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Assédio eleitoral: 82% se deram em regiões nas quais Bolsonaro venceu

Levantamento do Ministério Público do Trabalho (MPT) revela que 51% dos casos se deram no Sul, onde o presidente recebeu 54,6% dos votos

atualizado 11/10/2022 17:53

Sede do MPT Ubirajara Machado/MPT

Levantamento do Ministério Público do Trabalho (MPT) registrava a ocorrência de 186 casos de assédio eleitoral até às 17h desta terça-feira. As denúncias envolvem pressão sobre os trabalhadores em locais de trabalho, em episódios ocorridos desde agosto.

Do total de casos conhecidos até agora, 82% (152 deles) aconteceram nas três regiões nas quais Jair Bolsonaro saiu vitorioso no primeiro turno.

Quase metade de todos os casos – 96 ou 51% – ocorreu no Sul, região na qual o presidente recebeu sua maior votação: 54,6% dos votos. Lula obteve 36,8%.

O Paraná foi o estado que registrou o maior número de assédio eleitoral, 42. Ali, Bolsonaro recebeu 55,3%, contra 36% de Lula.

O Rio Grande do Sul registra o segundo maior volume de denúncias, 30 ao todo. No estado, o presidente colheu 48,9%, e Lula, 42,3%.

Santa Catarina aparece em terceiro em número de casos, 24, onde Bolsonaro saiu vitorioso com 62,2% dos votos. O petista recebeu apenas 29,5% no estado.

No Sudeste – onde Bolsonaro recebeu 47,6% da votação – foram 43 casos. No Centro-Oeste – onde ocorreu vitória também do candidato do PL, com 53,8% – foram registrados 13 episódios desse tipo de assédio.

Na Nordeste, região que deu 67% dos votos válidos a Lula, foram 23 ocorrências de assédio eleitoral. O Norte registrou apenas 11 casos. O petista saiu vitorioso na região com 47,4% da votação.

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