Conhecidas por adornar os militares na época das guerras, as bomber jackets logo se tornaram item relevante nos vestuários masculino e feminino. Democrática, a tendência é peça-chave no guarda-roupa moderno. Estrelas como Rihanna e Beyoncé sempre escolhem maxi-modelos para deixar o visual mais urbano possível.
A peça, entrentanto, não apareceu nas passarelas nas últimas temporadas. Criadas na Primeira Guerra Mundial, quando eram usadas para manter os aviadores aquecidos na cabine de pilotagem, elas evoluíram em seu design e atualmente compõem as produções de astros como Kanye West, Nicholas Hoult e Justin Bieber.
Além de ganhar as ruas, a peça reinou nas últimas coleções masculinas da Carven, do Issey Miyake e da Louis Vuitton. Mas elas ganharam cores, materiais e acabamentos inusitados. Mas nem sempre foi assim.
Quando os Estados Unidos entraram na primeira guerra mundial, a também chamada flight jacket, era produzida em couro e tinha gola alta, fechos e cintura justa o bastante para deixar o piloto aquecido. Com o término da guerra, o aviador Leslin Irvin Leroy viu nas jaquetas a oportunidade de um bom negócio e começou a criar suas próprias peças que seriam vendidas para o público geral.
A empreitada foi um sucesso e logo as pessoas passaram a adquirir os modelos confortáveis forrados com pele de carneiro. Com a chegada da segunda Guerra Mundial, a maioria dos bombardeios seria feita através dos aviões, fator que fez com que as jaquetas se tornassem indispensáveis para os militares, que seriam expostos a temperaturas muito baixas. Além disso, os roteiros cinematográficos da época, juntamente com o senso patriota norte-americano, ajudaram a impulsionar a tendência que agora era vista em filmes de guerra protagonizados por astros como James Taylor e Clark Gable.
Com o tempo, a bomber jacket sofreu algumas reformulações. Na década de 1950, por exemplo, a gola de pele foi substituída por um colar de malha e o modelo, agora reversível, tinha o forro alaranjado para sinalizar ajuda em caso de resgate. O nylon passou a ser o tecido padrão e na guerra do Vietnã, o azul marinho deu lugar ao verde escuro, que ajudava a camuflar os soldados de forma mais eficaz.
A peça ultrapassou as barreiras do tempo e influenciou o figurino de clássicos como “Indiana Jones”, “Top Gun” e “O Aviador”.
