70% das mães se sentem julgadas ou cobradas, diz pesquisa

Os dados fazem parte da pesquisa "A Nova Mãe Brasileira", feita pelo Instituto Qualibest e pelo site Mulheres Incríveis

atualizado 18/07/2016 19:28

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Avental na cintura, carreira abandonada, casada e exclusivamente mãe. Faz muito que a mulher tenta re-significar a imagem maternal pregada por muito tempo como “correta”. Há quem trabalhe e também cuide de casa, existem também as mães solteiras e quem consegue conciliar trabalho, casa, casamento, faculdade e tempo para filhos. A romantização da maternidade está sendo deixada de lado e a pesquisa “A Nova Mãe Brasileira”, feita pelo Instituto Qualibest e pelo site Mulheres Incríveis confirma este fato.

Para realizar a pesquisa, foram ouvidas 1.317 mães e 81% delas têm um a dois filhos. Todas acima de 18 anos. Segundo a pesquisa, a mãe brasileira se define como alguém que “ama seus filhos, mas também ama o seu trabalho, seu parceiro e tem outros objetivos na vida”. O trabalho doméstico, entretanto, segue sendo o maior dos problemas para a rotina difícil e exaustiva da mãe moderna: apenas 9% dizem se identificar com a imagem da mãe que aparece na mídia e 70% também afirmaram que se sentem julgadas ou cobradas.

“Chamou-nos a atenção que, quando solicitamos às entrevistadas que fizessem um pedido, 40% disseram querer ajuda nas atividades domésticas”, afirma a jornalista Brenda Fucuta, idealizadora da pesquisa. “Ela quer mais ajuda para cuidar da casa do que dos filhos: isso mostra que ser mãe é difícil, mas a grande questão é resolver a administração da casa”, avaliou em entrevista ao Estadão.

A grande dificuldade da mãe é esclarecer para o marido e filho (ou filhos) de que a atividade doméstica não é exclusivamente seu dever, mas sim de todos os membros da casa – e da família. “As famílias que aparecem na mídia para vender margarina trabalham com a imagem da família e mães ideais. Mas a família real não é assim o tempo todo. Existem conflitos, separações e todos os outros sentimentos, porque são seres humanos. Se o meu real está muito longe disso, gera um conflito com consequências diferentes para as diferentes pessoas”, diz a psicóloga Ceneide Maria de Oliveira Cerveny, professora da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) e autora do livro A Família como Modelo ainda em entrevista para o jornal.

Sobrecarga
A pesquisa ainda foi além e questionou as mães se a sobrecarga da rotina já havia lhes rendido consequências embaraçosas. 33% responderam que diante de algumas atitudes, “Dei umas palmadas”. 28% “Deixei ele ficar assistindo TV ou vídeos na internet para eu poder descansar, dormir ou fazer alguma outra atividade do meu interesse”; 21% “Ofereci comida industrializada”; 15% “Já ameacei ir embora de casa e deixá-lo para outros cuidarem”; 10% “Já dei uma surra”; 3% “Já dei remédio para que ele se acalmasse”; 2% “Deixei-o trancado sozinho em casa” e 2% “Esqueci-o numa loja ou na escola”.

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