Gordura é um grande aliado no processo de emagrecimento

Pode até parecer que as palavras "dieta e gordura" não cabem na mesma frase, mas a realidade é outra. Entenda como as duas caminham lado a lado

atualizado 18/04/2016 14:17

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Há anos, ao fazer dieta, as pessoas seguem a fórmula: exercícios físicos e alimentação saudável. Por isso, enchem a geladeira de iogurte, leite e requeijão sem gordura. Comem poucas castanhas e trocam a manteiga por margarina. As frutas mais doces e gordas também ficam de fora das refeições cotidianas. Mas, nadando contra a corrente, uma nova leva de profissionais tem defendido a ingestão de gorduras saudáveis para ajudar na perda de peso.

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Segundo a nutricionista Amelia Freer, autora do livro “Eat.Nourish.Glow”, as dietas prescritas nos últimos 30 anos tinham poucas calorias e gorduras. Apesar de perderem peso, as pessoas que seguem essa linha ficam exaustas e com fome o tempo inteiro.

Iogurte lights, cerais matinais, sucos e barras de cerais são tecnicamente de baixas calorias, mas isso não significa que não ajudam a engordar

A gordura é fundamental ao corpo, um dos principais componentes de toda alimentação. Em sua composição, estão basicamente alimentos de baixo índice glicêmico que evitam a formação de gordura, que têm efeito termogênico (queimam gordura abdominal) e que possuem neurotransmissores de saciedade. Quem se alimenta com gorduras boas não sente a necessidade de comer com tanta frequência. 

Pode não pode
Obviamente nem todo tipo de gordura é recomendada para a alimentação. “Não é substituir a margarina pela manteiga no pão. Mas é usar a manteiga para cozinhar legumes. Coma, por exemplo, um pouco de queijo de qualidade, mas deixe de lado produtos processados”, explica a nutricionista no livro. Resumindo: coma gordura natural e não aquelas manipuladas industrialmente.

De acordo com as nutricionistas funcionais Daiane e Cintia Sousa, dentre os vários tipos de gordura, as mais indicadas são as insaturadas encontradas em azeites, carnes, peixes, abacate e açaí, mas alertam que elas também produzem inflamação.

Apesar de fundamental ao organismo, o consumo em excesso desse tipo de gordura pode causar doenças crônicas como obesidades, hipertensões e diabetes. É necessário controlar o consumo dos produtos e alimentos que contêm essas gorduras, principalmente ômega 6, como óleos vegetais. 

Daiane e Cintia Sousa

Seja para ganhar massa muscular magra ou perder peso, o corpo precisa funcionar bem e, para isso, os alimentos gordurosos desempenham papel fundamental. Segundo as nutricionistas, o raciocínio se fundamenta em: boa gordura é livre de toxinas e químicas. Logo, combinar tudo isso com alimentos orgânicos é a melhor saída.

 

O que tirar da dieta

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Óleos para preparar comida, seja qual for a composição, são vilões da saúde

Sabe aquele óleo de soja que você compra porque é mais saudável? Esqueça. Os de milho, soja e canola devem ser evitados quando o assunto é cozinha e substituídos por azeites de oliva do tipo extra virgem. Assim como esses exemplos, a margarina não deve fazer parte das refeições. Criada com o intuito de ser menos gordurosa que a manteiga, o produto é altamente processado.

Apesar de ser produzida a partir de óleos vegetais, a margarina passa por um processo de hidrogenação, gerando a formação de ácidos graxos trans. Essa gordura aumenta os níveis de colesterol ruim (LDL) e diminui o colesterol bom (HDL).

De acordo com as nutricionistas, o ideal é eliminar das dietas alimentos industrializados como biscoitos, torradas e bolos, que são ricos nessas gorduras e viver com as “do bem”, sem medo de ser feliz.

Tem que ter
Como inserir a boa gordura na dieta diária? As nutricionistas Daiane e Cintia Sousa sugerem uma fácil – e muito saudável – maneira de se alimentar “gordurosamente” bem.

Café da manhã: Vitamina com leite de coco ou frutas com sementes.
Lanches: oleaginosas ou hommus (pasta de grão de bico com tahine), açaí ou chocolate amargo.
Almoço e jantar: azeite cru na salada e no preparo, peixes, suínos, mix de óleos (de abacate, macadâmia e amêndoas)
Ceia: coco fresco ou seco sem adição açúcar ou abacate.

Essas orientações não dispensam consultas ao nutricionista, são apenas dicas que devem ser seguidas de acordo com uma avaliação feita por um profissional.

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Coco, em todas as suas variações, pode estar na sua dieta

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