Páscoa e chocolate são inseparáveis. O doce está por todos os lugares: dos supermercados às redes sociais. Além dos efeitos na balança, essa overdose pode (e provavelmente vai) dar sinais na pele. As temidas espinhas tendem a aparecer nos dias seguintes à Páscoa como um alerta a quem exagerou no doce.
O problema, na verdade, não é por conta da oleosidade do produto. É o açúcar. “Um alimento com índice glicêmico muito alto gera uma liberação de insulina momentânea. É esse aumento que acaba estimulando o processo da acne. O açúcar faz com que a produção sebácea do folículo seja maior”, explica o dermatologista Rodrigo Frota. Além disso, o leite e a gordura hidrogenada usados nas receitas também têm grande participação na indução das espinhas.
Em contrapartida, o chocolate saudável, com pouco açúcar e pouca gordura, pode ser até bom para a pele. Rodrigo conta que o alimento é rico em alguns minerais como potássio, magnésio e cobre, além de ter ação antioxidante.
“O chocolate em si é um alimento ótimo. Há estudos que dizem que comer até 40g de chocolate 70% de cacau faz bem para a pele e para a saúde”, afirma o dermatologista.
Como os chocolates consumidos na páscoa são tudo, menos livres de açúcar, leite e gordura, as espinhas costumam aparecer durante a semana. E, segundo Maria Clara, a tendência é que a acne se resolva sozinha, uma vez que só o fato de retornar à dieta normal é suficiente para a melhora espontânea.
“Se as lesões durarem mais de duas semanas, aí é importante procurar um dermatologista para ter certeza que não há nenhum problema. E para quem fica ansioso com as espinhas e não aguenta esperar, o jeito é ir ao médico mesmo. O tratamento precisa de prescrição.”