“Lady Night” é, sem sombra de dúvidas, o talk-show mais engraçado da televisão brasileira. Fábio Porchat, Marcelo Adnet e Danilo Gentili até se esforçam, no entanto, passam longe do humor non sense de Tatá Werneck. A segunda temporada do programa, atualmente no Multishow, consolida o posto da atração e da comediante.
É evidente que as entrevistas feitas por Tatá não trazem grandes informações sobre as personalidades. O lance é arrancar risadas. A fórmula simples utilizada pela comediante consiste em perguntar aquilo que os jornalistas ficariam tímidos.
O Metrópoles assistiu aos cinco primeiros episódios de “Lady Night”, disponíveis no Multishow Play. Com Neymar, Tatá não poupou o craque de comentários sobre Bruna Marquezine, Messi e exóticos penteados. A dose se repete quando o entrevistado é Cauã Reymond. Nos primeiros minutos, inclusive, ela deixa o ator completamente envergonhado ao elogiar a beleza e outros atributos físicos mais íntimos dele.
Livre para zoar
Por estar na TV fechada — spoiler. Tatá confirma isso logo no primeiro episódio —, a apresentadora tem total liberdade para falar palavrões, fazer trocadilhos essencialmente sexuais e zoar entrevistados. Isso, é claro, funciona bem. Porém, o mérito do programa está na humorista. Ela é uma máquina de piadas, capaz de improvisar em qualquer situação.
Pare um pouco e pense: há quadro mais engraçado que o “Entrevista com especialista”?
Em “Lady Night”, o entrevistado fica totalmente em segundo plano. Tatá brilha e, por isso, a atração não fica repetitiva. Evidentemente, quem embarca no estilo da apresentadora protagoniza episódios muito mais interessantes — Cauã e Neymar, por exemplo, foram um estouro.
