Vacinas de rotina podem reduzir risco de Alzheimer, diz estudo

Médicos dos Estados Unidos descobriram que a aplicação de vacinas que já existem está associada a um menor risco de Alzheimer na velhice

atualizado 23/08/2023 13:33

Compartilhar notícia
Vacinas aplicação RJ Aline Massuca

Pesquisadores da Universidade de Houston sugerem que as vacinas podem ter um efeito colateral inesperado: proteger as pessoas contra o Alzheimer na velhice.

De acordo com pesquisa publicada no Journal of Alzheimer’s Disease em 7 de agosto, adultos imunizados com três vacinas comuns – contra tétano e difteria, herpes-zoster e pneumocócica – têm menos chances de apresentar a doença neurodegenerativa.

O mesmo grupo de pesquisadores já tinha descoberto que os vacinados contra influenza (o vírus da gripe) tinham 40% menos probabilidade de desenvolver Alzheimer em relação aos pares não vacinados.

A hipótese dos pesquisadores é que, ao proteger o corpo de infecções, as vacinas também impedem que ocorra um desequilíbrio nas proteínas do cérebro. “As descobertas sugerem que a vacinação está tendo um efeito mais geral no sistema imunológico, reduzindo o risco de desenvolver a doença de Alzheimer”, disse o neurologista líder do estudo, Paul E. Schulz, em comunicado à imprensa.

8 imagens
Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista
Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce
Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano
Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença
Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns
1 de 8

Alzheimer é uma doença degenerativa causada pela morte de células cerebrais e que pode surgir décadas antes do aparecimento dos primeiros sintomas

PM Images/ Getty Images
2 de 8

Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista

Andrew Brookes/ Getty Images
3 de 8

Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce

Westend61/ Getty Images
4 de 8

Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano

urbazon/ Getty Images
5 de 8

Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença

OsakaWayne Studios/ Getty Images
6 de 8

Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns

Kobus Louw/ Getty Images
7 de 8

Segundo pesquisa realizada pela fundação Alzheimer’s Drugs Discovery Foundation (ADDF), a presença de proteínas danificadas (Amilóide e Tau), doenças vasculares, neuroinflamação, falha de energia neural e genética (APOE) podem estar relacionadas com o surgimento da doença

Rossella De Berti/ Getty Images
8 de 8

O tratamento do Alzheimer é feito com uso de medicamentos para diminuir os sintomas da doença, além de ser necessário realizar fisioterapia e estimulação cognitiva. A doença não tem cura e o cuidado deve ser feito até o fim da vida

Towfiqu Barbhuiya / EyeEm/ Getty Images

Quanto as vacinas protegem?

O estudo abrange cerca de 1,5 milhão de pessoas e comparou adultos imunizados com outros que não foram vacinados. Os dados se referem a pessoas com 65 anos sem sinais de demência que foram acompanhadas por oito anos para ver se a condição surgiria.

Entre os que foram vacinados contra tétano e difteria, 7,2% desenvolveram Alzheimer, em comparação a 10,2% entre os não vacinados (30% menos chance). Na vacina pneumocócica, 7,9% dos imunizados apresentaram a doença neurodegenerativa contra 10,9% entre os não vacinados. Por fim, entre os imunizados contra a herpes-zoster, 8,1% tiveram demência em contraste com 10,7% do grupo controle.

Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.

Compartilhar notícia
Tá bombando
Últimas notícias
  • Teste editor

    Teste editor Receba notícias de Saúde e Ciência no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal de notícias do Metrópoles no WhatsApp. Para ficar por dentro de tudo sobre ciência e nutrição, veja todas as reportagens de Saúde.

  • Teste de post1

    Teste de post1 Receba notícias de Saúde e Ciência no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal de notícias do Metrópoles no WhatsApp. Para ficar por dentro de tudo sobre ciência e nutrição, veja todas as reportagens de Saúde.

  • three old ordered tests

    Fique por dentro! Receba notícias de Entretenimento/Celebridades no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal de notícias do Metrópoles no WhatsApp. Para ficar por dentro de tudo sobre o universo dos famosos e do entretenimento siga o perfil Metrópoles Fun no Instagram.

Compartilhar