Síndrome do Coração Festeiro: entenda problema típico do fim de ano

Vários estudos mostram aumento de problemas cardiovasculares relacionados ao consumo de álcool nas comemorações da passagem do ano

atualizado 08/12/2021 22:17

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Festividades de fim de ano Getty Images

Com a chegada das festas de fim de ano, a dieta é deixada de lado e o consumo de alimentos e bebidas acaba sendo exagerado. Desde pratos especiais a drinques dos mais variados, muita gente se permite desfrutar sem restrições.

No entanto, o consumo em excesso, principalmente de bebidas alcoólicas, pode trazer consequências que vão muito além da tradicional ressaca ou da indisposição estomacal.

Identificada em 1978 pelo pesquisador americano Philip Ettinger, a síndrome do Coração Festeiro foi definida por conta do aumento de problemas cardiovasculares relacionados ao consumo de álcool durante as festas de fim de ano.

A equipe de Ettinger percebeu que, depois de uma série de dias livres, aumentava a quantidade de pacientes que chegavam com problemas cardiovasculares ao médico. A causa: o aumento do consumo de álcool durante as festas.

Três décadas após o primeiro estudo, especialistas da Universidade de Coimbra (Portugal) fizeram uma revisão da pesquisa original e concluíram que, efetivamente, o exagero no consumo de álcool desempenha um papel importante no aparecimento de arritmias e outros distúrbios cardíacos.

Risco maior no Natal e Ano-Novo

Outras pesquisas que desenvolveram o tema mostraram que o maior risco está entre as festas de Natal e Ano-Novo, com as internações se concentrando nos dias 25 e 26 de dezembro e em 1º de janeiro.

O cardiologista do Instituto do Coração de Taguatinga (ICTCor), Thiago Germano, explica que o sintoma mais comum da síndrome é a taquicardia, caracterizada pelo aumento dos batimentos do coração, provocada pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas. O médico alerta ainda para os energéticos – que também aceleram os batimentos cardíacos – são potencializadores para o problema.

“Há uma relação comprovada entre o consumo excessivo de álcool e a ocorrência de arritmia cardíaca. Geralmente, esses pacientes não costumam apresentar histórico prévio de doenças cardíacas. Dessa forma, tal problema é tratado com administração de medicamentos.  O quadro pode ser mais grave se o paciente já tiver histórico de problemas cardíacos”, aponta o cardiologista.

A Sociedade Brasileira de Cardiologia recomenda moderação no consumo de álcool nas festividades de ano. Os pacientes que sentirem desconfortos como coração acelerado, sudorese, mal-estar intenso e fraqueza, devem procurar o médico imediatamente.

 

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