Tosse, febre e perda de olfato são os principais sintomas da Covid-19. Porém, além desses sintomas, manifestações da infecção na pele são cada vez mais comuns entre os pacientes. Este tipo de sinal pode ajudar a diagnosticar a infecção. Além dos “dedos de Covid”, cerca de 17% dos pacientes sofrem com coceira semelhante à urticária, por exemplo.
A coceira aparece normalmente ao mesmo tempo de outros sinais da infecção e pode ser usada para fazer o diagnóstico. No entanto, é mais comum em pacientes de meia idade e costuma estar associada a casos mais severos da doença. É importante lembrar que marcas altas na pele, que coçam, podem também ser efeito colateral de drogas usadas para tratar a Covid-19, como os corticoides.
Os “dedos de Covid”, caracterizados por descamação e vermelhidão, principalmente, nos pés – são mais comuns em pacientes jovens que não apresentam outros sintomas da doença ou apenas sentem manifestações leves da infecção. Cerca de 60% que relatam problemas de pele causados pelo coronavírus têm este tipo de lesão.
Ainda não se sabe exatamente a causa para os “dedos de Covid”, mas há duas teorias mais aceitas entre a comunidade científica. Uma delas é de que a produção de interferons pelo organismo para se defender da invasão acaba atacando os vasos sanguíneos. A outra opção está relacionada à ACE2, a enzima usada pelo coronavírus para entrar nas células, que é abundante nas glândulas sudoríparas, comuns na sola dos pés.
Mais uma manifestação da pele é a irritação maculopapular, que é caracterizada por regiões altas e descoloridas. É mais comum em pacientes idosos e de meia idade e aparece cerca de 20 dias após o início da infecção. A explicação é que a reação exagerada do sistema imunológico causa dano aos tecidos.
Menos comum, a lesão vesicular também pode estar relacionada à Covid-19. Nesse tipo de condição, o paciente apresenta sacos de fluído transparente debaixo da pele, como acontece na catapora. Apenas 9% das pessoas com problemas de pele relacionados ao coronavírus apresentam essa ferida.
