De acordo com uma pesquisa publicada na revista científica JAMA, a perda de olfato causada pela Covid-19 não costuma passar de um ano. O estudo, feito por pesquisadores das universidades de Estrasburgo, na França, e McGill, no Canadá, acompanhou 97 pacientes que tiveram anosmia (perda de olfato) ou hiposmia (redução).
Um ano depois, apenas dois pacientes ainda não tinham recuperado o olfato em testes objetivos. Outros 14 participantes afirmaram, em questionário subjetivo, ter recuperado apenas parcialmente a capacidade de sentir cheiros.
De acordo com o trabalho, 85,9% deles já tinha recuperado a percepção de cheiro seis meses depois do início do estudo. A maioria dos participantes era mulher (69% do total) e jovem (média de 38,8 anos).
Um fato interessante da pesquisa é a avaliação objetiva e subjetiva. Segundo os cientistas, alguns pacientes mostravam melhora no exame físico, mas não acreditavam na mudança do quadro durante os questionários. Foram feitos testes com canetas de feltro, onde o voluntário precisava cheirar por alguns segundos, identificar o odor e avaliar o grau de percepção.
A cientista Marion Renaud, líder da pesquisa na Universidade de Estrasburgo, diz que a única forma de recuperar o olfato é fazendo reabilitação olfativa, quando se cheira vários frascos com odores diferentes. A técnica ajuda a ensinar o cérebro e o nariz a trabalharem juntos.
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