Com a chegada de uma frente fria, o brasileiro teve que tirar os casacos e cachecóis do armário e se preparar para a queda na temperatura. Porém, além de incômoda, a mudança brusca no tempo pode trazer problemas para a saúde.
A otorrinolaringologista Tatiana Matos, da Otorrino DF, explica que o frio aumenta as chances de adoecimento porque diminui a produção do muco que faz a filtragem do ar e umidifica o nariz.
“A temperatura baixa altera nossas secreções e o batimento ciliar. Com isso, o corpo já não fica com aquela barreira de proteção em 100%, isso nos deixa mais suscetíveis às doenças de inverno, que normalmente são respiratórias”, diz a médica.
Ela conta que, nesta época, há uma circulação maior de vírus e bactérias e a maioria das pessoas prefere ficar em ambientes fechados para fugir do frio — assim, a concentração de micro-organismos fica maior e é mais fácil ficar doente.
O tempo seco, típico do inverno, também acaba interferindo nas camadas de proteção do corpo, diminuindo a umidade do muco e causando microlesões nas estruturas do nariz, aumentando a chance de contaminação por micro-organismos.
Quais são as doenças mais comuns?
O otorrinolaringologista Stênio Ponte, também da Otorrino DF, afirma que as pessoas mais pré-dispostas a adoecer no frio são idosos, crianças, pessoas enfermas e a população de rua.
“As condições mais comuns são rinite, sinusite, sangramento nasal, doenças pulmonares, como asma e bronquite, e até doenças cardíacas, porque o coração é sobrecarregado para compensar todas as alterações causadas pela temperatura”, explica.
Para evitar qualquer problema, o médico lembra que é importante se manter agasalhado, aumentar a ingestão de líquidos e evitar aglomerações.
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