Ômicron já possui incidência de mais de 30% em 8 estados brasileiros

Levantamento inédito de redes de laboratórios mostra que a presença da variante vem crescendo entre total de exames positivos de Covid-19

atualizado 29/12/2021 21:50

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Homem com roupa de proteção, luva e máscara com a mão em cabeça de homem sentado à esquerda Rafaela Felicciano/Metrópoles

Um levantamento inédito feito pelo Instituto Todos pela Saúde, que reúne especialistas e empresas privadas em uma aliança contra a Covid-19, identificou que a variante Ômicron do coronavírus já está presente em pelo menos 8 estados brasileiros.

O estudo foi feito a partir de 30.483 de exames para a Covid realizados em laboratórios das redes Dasa e DB Molecular e constatou que a nova mutação já circula em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia, Goiás, Santa Catarina e Tocantins.

A nova variante foi encontrada em 31,7% de um total de 640 exames com resultado positivo para a Covid. No Rio de Janeiro e em São Paulo, a incidência foi ainda maior. Os autores do levantamento alertam para a necessidade de manutenção dos cuidados que evitam a transmissão durante o período de festas, quando aumentam as oportunidades de contágio em reuniões com amigos e familiares.

“Os dados servem de alerta para o poder público e para a população. Nos próximos dias teremos reuniões e festas por causa do Réveillon e é preciso lembrar que a pandemia não acabou”, afirmou Jorge Kalil, diretor-presidente do instituto, em comunicado enviado à imprensa.

Balanço do Ministério da Saúde divulgado na última segunda-feira, dia 27, registra a confirmação oficial de 74 casos de Ômicron no país. Há outros 116 em investigação.

Casos no mundo

A chegada da variante Ômicron vem provocando um aumento acentuado de novos casos de Covid-19 no mundo. Na segunda-feira (27/12), a plataforma “Our World in Data”, associada à Universidade de Oxford, anotou o recorde de 1,4 milhão de casos em 24 horas – a primeira vez, em foram registrados mais de um milhão de novos casos de Covid-19 em um único dia.

Os Estados Unidos registraram recorde na média móvel de novos casos na terça-feira (28/12): 265.427 novos casos/dia. O recorde anterior havia sido registrado em 11 de janeiro, quando a média de sete dias foi de 251.232 novas infecções. Apesar de desencadear sintomas mais leves nos infectados quando comparada às outras variantes do coronavírus, a Ômicron tem alta capacidade de transmissão e, desde que foi identificada, em novembro deste ano, já se espalhou em escala global.

Outra característica da cepa é sua capacidade de infectar pessoas que já tenham tido Covid-19 ou que sejam vacinadas contra o coronavírus. As autoridades de saúde alertam, entretanto, que apesar da possibilidade da reinfecção, as vacinas contra a Covid-19 tem se mostrado eficazes para reduzir casos graves, internações e óbitos.

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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento
Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido
Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas
Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo
O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus
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Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron foi classificada pela OMS como de preocupação

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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento

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Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido

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Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas

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Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo

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O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus

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A primeira é que a variante tenha começado o desenvolvimento em meados de 2020, em uma população pouco testada, e só agora acumulou mutações suficientes para se tornar mais transmissível

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A segunda é que surgimento da Ômicron pode estar ligado ao HIV não tratado. A terceira, e menos provável, é que o coronavírus teria infectado um animal, se desenvolvido nele e voltado a contaminar um humano

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De qualquer forma, o sequenciamento genético mostra que a Ômicron não se desenvolveu a partir de nenhuma das variantes mais comuns, já que a nova cepa não tem mutações semelhantes à Alfa, Beta, Gama ou Delta

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Com medo de uma nova onda, países têm aumentado as restrições para conter o avanço da nova variante

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De acordo com documento da OMS, a Ômicron está em circulação em 110 países. Na África do Sul, ela vem se disseminando de maneira mais rápida do que a variante Delta, cuja circulação no país é baixa

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Mesmo em países onde o número de pessoas vacinadas é alto, como no Reino Unido, a nova mutação vem ganhando espaço rapidamente

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No Brasil, 32 casos foram registrados, segundo balanço divulgado no fim de dezembro pelo Ministério da Saúde

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Por conta da capacidade de disseminação da variante, a OMS orienta que pessoas se vacinem com todas as doses necessárias, utilizem corretamente máscaras de proteção e mantenham as mãos higienizadas

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A entidade ressalta ainda a importância de evitar aglomerações e recomenda que se prefiram ambientes bem ventilados

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