O segredo para passar dos 100 anos pode estar em adoecer, diz estudo

Pesquisa revela que a quantidade de anticorpos entre os centenários é compatível com a de pessoas que adoeceram ao longo da vida

atualizado 04/04/2023 19:56

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Idosos deitam lado a lado no gramado e dão gargalhadas-Metrópoles Getty Images

Pode parecer contra a lógica, mas uma pesquisa científica apontou que um dos prováveis segredos da longevidade de pessoas que ultrapassaram os 100 anos é ter adoecido ao longo da vida. Um estudo publicado nesta semana na renomada revista The Lancet aponta que indivíduos que desenvolveram anticorpos para doenças virais e bacterianas naturalmente têm maior tendência a alcançar um século de vida.

Apesar dos riscos óbvios de adoecer, e de outros fatores determinantes para viver mais, como uma alimentação regrada, a superação de doenças pode ser um segredo para a longevidade. A pesquisa apontou que centenários possuem uma quantidade de “anticorpos de elite” que garantem sua proteção contra doenças infecciosas e que este tipo de imunidade é conquistada justamente ao se expor às doenças e conseguir se curar.

Uma das críticas ao levantamento é que é difícil saber se os resultados podem ser aplicados a muitas pessoas. Como há poucos indivíduos que chegam tão longe na vida, apenas sete idosos participaram do estudo. A média de idade dos pacientes analisados foi de 106 anos, com o mais velho deles chegando a 119.

As amostras de sangue dos participantes foram comparadas com as de 50 pessoas de idades diferentes. Os resultados mostraram que os centenários possuem anticorpos muito resistentes a vírus e a contatos com insetos e protozoários, o que indica que, ao longo da vida, em vez de não se expor a ambientes perigosos, eles fizeram justamente o contrário, ganhando uma resistência intensa às doenças.

Genética também é fundamental

Mas o segredo de viver bastante não está apenas em ficar resfriado o tempo todo. As análises de sangue também mostraram que há um forte fator genético na longevidade, já que o DNA de pessoas que passam dos 100 anos é diferente do da maioria da população, contendo algumas proteínas que não foram identificadas nos outros indivíduos, como a S100A4.

Essa substância, responsável por controlar o metabolismo, não foi observada ativa em ninguém que tenha menos de um século de vida, segundo a análise feita pelos pesquisadores da Universidade de Tufts, nos Estados Unidos. Outros 24 genes se mostraram mais ativos entre os centenários do que nas outras faixas da população.

O estudo conclui que o sistema imune dos centenários é “altamente funcional e se adaptou com total êxito aos desafios da vida, permitindo que eles alcançassem uma longevidade excepcional”.

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