O atacante Neymar sofreu uma lesão do ligamento cruzado anterior (LCA) no jogo dessa terça-feira (17/10), quando a Seleção Brasileira perdeu de 2 a 0 para o Uruguai. Esta parte do joelho une os ossos tíbia e fêmur, e é essencial para a estabilidade da articulação. Ele também machucou o menisco, cartilagem que age como uma almofada entre os ossos e ajuda na absorção de impactos.
O tratamento requer cirurgia, na qual os médicos substituem o ligamento lesionado por um enxerto. A taxa de sucesso do procedimento é superior a 95%. No entanto, o tempo de recuperação é longo, e o jogador pode ficar até oito meses afastado de campo.
A contusão é bastante frequente em esportes que exigem mudanças frequentes de posição, como o futebol. “O mecanismo do trauma geralmente envolve a movimentação do joelho para dentro ao mesmo tempo em que a tíbia é rotacionada para fora e o pé está preso ao chão”, detalha o ortopedista Marcos Cortelazo, especialista em joelho e traumatologia esportiva, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).
Tão importante quanto a cirurgia, é o processo de reabilitação pós-operatória. “Se realizada de maneira inadequada, a cirurgia pode comprometer o sucesso do tratamento. Esse processo envolve, principalmente, sessões de fisioterapia, com foco inicial na recuperação dos movimentos e, depois, no fortalecimento do ligamento”, afirma o médico.
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