Lecanemab: novo remédio para Alzheimer mostra resultados promissores

O uso do lecanemab levou à redução de 27% da taxa de declínio cognitivo de pacientes com Alzheimer em estágio inicial

atualizado 30/11/2022 12:15

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Imagem colorida mostra não apontando com caneta para exame de ressonância magnética de cérebro estado catatônico - Metrópoles haydenbird/GettyImages

Um novo medicamento experimental para Alzheimer, desenvolvido pela farmacêutica japonesa Eisa em parceria com a americana Biogen, foi capaz de reduzir o declínio cognitivo de pacientes da doença em estágio inicial, segundo mostram informações divulgados na terça-feira (29/11) no New England Journal of Medicine.

O medicamento, chamado lecanemab, é um anticorpo monoclonal projetado para remover os depósitos da proteína beta-amilóide do cérebro, uma das possíveis causas da doença.

O estudo de 18 meses contou com 1.795 voluntários com Alzheimer em estágio inicial, recrutados em 235 centros de pesquisa da América do Norte, Europa e Ásia. Eles foram separados em dois grupos, parte recebeu uma dosagem de 10 mg por kg a cada duas semanas, de forma injetável. Os demais, um placebo.

Houve uma redução de 27% da taxa de declínio cognitivo em uma escala de demência clínica (CDR-SB) entre os pacientes medicados com o lecanemab em comparação com o grupo controle.

Ao final do estudo, 68% dos participantes tratados com a medicação apresentaram redução nas placas de amiloide. O lecanemab também diminui os níveis da proteína tau, que forma emaranhados tóxicos dentro das células cerebrais.

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Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista
Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce
Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano
Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença
Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns
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Alzheimer é uma doença degenerativa causada pela morte de células cerebrais e que pode surgir décadas antes do aparecimento dos primeiros sintomas

PM Images/ Getty Images
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Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista

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Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce

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Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano

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Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença

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Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns

Kobus Louw/ Getty Images
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Segundo pesquisa realizada pela fundação Alzheimer’s Drugs Discovery Foundation (ADDF), a presença de proteínas danificadas (Amilóide e Tau), doenças vasculares, neuroinflamação, falha de energia neural e genética (APOE) podem estar relacionadas com o surgimento da doença

Rossella De Berti/ Getty Images
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O tratamento do Alzheimer é feito com uso de medicamentos para diminuir os sintomas da doença, além de ser necessário realizar fisioterapia e estimulação cognitiva. A doença não tem cura e o cuidado deve ser feito até o fim da vida

Towfiqu Barbhuiya / EyeEm/ Getty Images

Alguns pacientes com risco de desenvolver a doença não apresentaram melhorias em relação à taxa de declínio cognitivo na escala de demência clínica (CDR-SB) com o uso do lecanemab. No entanto, eles demonstraram melhorias em outras medidas de cognição e função diária.

“Acredito que é um benefício importante que justificará a aprovação total. Mas é claro que queremos um benefício maior”, disse o diretor do Instituto de Pesquisa Terapêutica de Alzheimer da Universidade do Sul da Califórnia, Paul Aisen, que é um dos autores do estudo.

Em entrevista à Reuters, Aisen afirmou que o lecanemab oferece maiores benefícios se administrado na fase inicial da doença, antes que os pacientes acumulem danos irreversíveis suficientes para causar os sintomas.

Especialistas acreditam que o medicamento pode trazer mudanças significativas para o curso da doença neurodegenerativa progressiva que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória. O Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa entre os idosos, responsável por mais de metade dos casos de demência nessa população.

Efeitos colaterais

O uso do lecanemab foi associada a alguns efeitos colaterais importantes, como o inchaço do cérebro de aproximadamente 13% dos pacientes. Exames de imagem mostraram que alguns pacientes apresentaram sangramentos no cérebro – cinco deles sofreram macro-hemorragias e 14% micro-hemorragias. (Com informações da agência Reuters)

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