Estudo brasileiro pretende orientar uso de melatonina contra câncer de mama

Pesquisadores já sabem que baixos níveis do hormônio estão associados ao risco aumentado para o aparecimento de tumores

atualizado 09/11/2020 22:26

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Sexo pós câncer de mama Foto: SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images

Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) publicaram, na revista científica Journal of Pineal Research, a descrição de um conjunto de genes regulados pelo hormônio melatonina em alguns tipos de tumores.

A melatonina, conhecida como o hormônio do sono, controla o relógio biológico, mas parece ter ligação com alguns tipos específicos de tumor, principalmente os de mama. Baixos níveis da substância estão associados ao risco aumentado de câncer. Ainda não se sabe exatamente como a relação se dá, mas uma explicação seria que o hormônio aumenta a atividade de genes supressores de tumores.

“Identificar como esse hormônio intervém na sinalização molecular em nível genético é essencial para orientar terapias personalizadas com base na melatonina”, explica Luiz Gustavo Chuffa, um dos responsáveis pela pesquisa, à Agência Fapesp.

A primeira etapa do estudo foi realizada em metanálise, ou seja, revisão de uma série de outras pesquisas, sobre como a melatonina regula a expressão de microRNA em alguns tumores. A partir dessas informações, foram feitas análises de bioinformática para encontrar quais são as vias da ação hormonal nas células tumorais.

“Ao cruzar as informações com o banco de dados público The Cancer Genome Atlas, identificamos os genes-alvo dos microRNAs com expressão alterada”, explica Chuffa.

Foi descoberto que a melatonina está relacionada a vários processos do câncer, como regulação do ciclo celular, morte e migração das células.

Também foram feitos testes em animais — aqueles que foram tratados com 40 miligramas de melatonina tiveram enriquecimento nas vias de sinalização relacionadas ao sistema imune, apoptose (morte celular programada) e diminuição da agressividade e metástase do tumor.

Os pesquisadores esperam que as informações levantadas pelo estudo possam dar origem a tratamentos. Porém, o trabalho continua: o próximo passo da equipe é compreender como a melatonina interfere na expressão dos microRNAs.

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