Dengue: médica orienta como usar repelente em bebês e crianças

Imunologista lista cuidados para proteger crianças contra a dengue. Repelentes devem ser evitados em bebês com menos de 3 meses

atualizado 09/02/2024 14:05

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Mãe passando repelente no filho - dengue - febre oropouche skynesher/GETTYIMAGES

Os repelentes viraram um item de sobrevivência durante a epidemia de dengue que o país enfrenta. O Brasil já registrou cerca de 395 mil casos prováveis da doença e 53 mortes apenas neste ano, segundo dados do Ministério da Saúde atualizados na quinta-feira (8/2).

A médica Millena Andrade, que tem especialização em alergia e imunologia, explica que os repelentes devem ser usados na proteção de crianças, mas os tópicos (aplicados na pele) não são indicados para os recém-nascidos.

“Existem muitas opções de repelentes no mercado, mas precisamos estar atentos às recomendações médicas e também do fabricante para usá-los de maneira segura e de acordo com a idade da criança. Para os recém-nascidos, a melhor opção é a proteção mecânica, ou seja, usar mosquiteiros, telas nas janelas, roupas de mangas compridas e calças”, explica Millena Andrade.

A médica ensina que o produto deve ser passado apenas nas regiões de pele expostas e nunca por baixo da roupa, pois a evaporação que garante o efeito de repelir o inseto.

Para crianças de 6 a 24 meses, é orientado aplicar apenas uma vez ao dia; entre 2 e 12 anos podem ser utilizadas duas aplicações ao dia e, a partir de 12 anos de idade, podem ser realizadas de duas a três aplicações ao dia.

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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias
A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos
No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes
Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos
No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte
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A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente à morte

Joao Paulo Burini/Getty Images
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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias

Joao Paulo Burini/ Getty Images
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A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos

Joao Paulo Burini/ Getty Images
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No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes

Bloomberg Creative Photos/ Getty Images
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Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos

Guido Mieth/ Getty Images
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No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte

Peter Bannan/ Getty Images
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Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue

Piotr Marcinski / EyeEm/ Getty Images
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Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão

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Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada

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Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona, para aliviar os sintomas

Guido Mieth/ Getty Images
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Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas

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Veja algumas cuidados essenciais recomendados pela alergista:

  • Nunca aplique o produto na mão da criança para que ela mesma espalhe no corpo, pois ela pode esfregar os olhos ou levar a mão na boca;
  • Aplique na quantidade e no intervalo recomendados pelo fabricante;
  • Não aplique próximo à boca, nariz, olhos ou sobre feridas;
  • Quando não for mais necessário, o repelente deve ser retirado com banho, com água e sabão;
  • Não permita que a criança durma com o repelente aplicado e dê preferência para opções em loção ou gel.

Saiba o melhor tipo de repelente de acordo com a idade da criança:

  • Antes dos três meses: proteção mecânica, ou seja, usar mosquiteiros, telas nas janelas, roupas de mangas compridas e calças na criança;
  • A partir de 3 meses: repelentes com o princípio ativo de icardina, há produtos específicos destinados a essa faixa etária;
  • A partir de 6 meses: repelentes com o princípio ativo de icardina na concentração de 20% ou IR 3535 na concentração de até 20%;
  • A partir de 2 anos: repelentes à base de DEET.

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