Covid pode causar impotência sexual? Veja o que os cientistas dizem

Pacientes que já tiveram a infecção pelo coronavírus têm mais chance de desenvolver a condição, mas a relação ainda não está clara

atualizado 06/05/2022 14:54

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Foto colorida de um cacho de banana com uma das bananas levantadas em um fundo totalmente azul - Metrópoles Foto: Larry Washburn/Getty Images

Desde o início da pandemia de Covid-19, a ciência está tentando entender exatamente como o coronavírus afeta o corpo humano. Apesar de a doença ser, primariamente, respiratória, há vários casos de pacientes sofrendo de disfunção erétil e de impotência sexual após infecção.

Pesquisadores do mundo inteiro estão estudando a relação entre o coronavírus e o pênis. Um estudo publicado pela Universidade de Miami, nos Estados Unidos, dá conta de um aumento de 20% no risco de disfunção erétil depois da Covid-19.

Outro levantamento, feito pela Universidade de Roma Tor Vergata, na Itália, descobriu que homens infectados pelo coronavírus têm seis vezes mais chance de desenvolver impotência do que aqueles que nunca tiveram a doença.

A ereção masculina depende de vários fatores, como hormônios, circulação sanguínea e nervos intactos. Além disso, fatores psicológicos também influenciam a ereção. Pessoas com ansiedade e depressão, por exemplo, têm dificuldades para manter o pênis ereto.

O professor de odontologia Joseph Katz, do Florida College of Dentistry, descobriu que a perda de olfato e de paladar podem estar relacionadas à disfunção erétil, já que ambos estão envolvidos na excitação despertada entre os parceiros.

Os coágulos do coronavírus

Por outro lado, um dos efeitos já conhecidos da Covid-19 é a formação de pequenos coágulos, que podem viajar para todas as partes do corpo. Os cientistas acreditam que eles podem acabar interferindo na ereção. O vírus também parece atacar as paredes dos vasos sanguíneos, e as veias e artérias do pênis são muito frágeis.

Os médicos recomendam que o problema seja tratado o quanto antes, pois a disfunção erétil pode ser o primeiro sinal de problemas vasculares que podem levar a infartos, por exemplo.

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Em relação à virulência da cepa, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo. Contudo, ainda que menos grave, o fato de a variante se espalhar mais rápido tem sobrecarregado os sistemas de saúde
Por isso, saber identificar os principais sintomas da doença é necessário para assegurar sua saúde e de quem você ama
<strong>Febre, dor constante na cabeça e garganta, calafrios, tosse, dificuldade para respirar e elevação na frequência cardíaca</strong> em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas pela Ômicron
Além desses sintomas, é importante desconfiar da infecção por Covid-19 se apresentar <strong>fadiga</strong> -- apontado em estudos como um sinal precoce da infecção pela variante Ômicron e que tem sido confundido com outras condições
<strong>Dores musculares</strong> por todo o corpo também é comum. É um sinal de que o organismo está tentando combater o vírus
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Com cerca de 50 mutações e presente em mais de 140 países, a Ômicron é considerada a variante mais infecciosa e tem sido a responsável pela terceira onda da Covid no mundo

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Em relação à virulência da cepa, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo. Contudo, ainda que menos grave, o fato de a variante se espalhar mais rápido tem sobrecarregado os sistemas de saúde

Andriy Onufriyenko/ Getty Images
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Por isso, saber identificar os principais sintomas da doença é necessário para assegurar sua saúde e de quem você ama

Pixabay
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Febre, dor constante na cabeça e garganta, calafrios, tosse, dificuldade para respirar e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas pela Ômicron

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Além desses sintomas, é importante desconfiar da infecção por Covid-19 se apresentar fadiga -- apontado em estudos como um sinal precoce da infecção pela variante Ômicron e que tem sido confundido com outras condições

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Dores musculares por todo o corpo também é comum. É um sinal de que o organismo está tentando combater o vírus

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Perda do apetite pode aparecer. Estudos apontam que este é um sintoma recorrente entre os pacientes infectados pelas variantes Delta e Ômicron

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Dor abdominal, diarreia, náusea ou vômito são outros sintomas que podem surgir.

boonchai wedmakawand/ Getty Images

Em entrevista ao jornal The New York Times, o professor da Universidade da Califórnia em San Diego, T. Mike Hsieh, explica que a artéria do pênis tem um décimo do tamanho da artéria coronária e, se há problema de coágulo ou vascular, ele aparecerá primeiro no pênis.

“Quando atendo um paciente com disfunção erétil, ele não sai daqui só com uma prescrição de Viagra. Ele recebe uma recomendação para ver um médico de atendimento primário ou cardiologista. É preciso ter certeza que o colesterol está controlado, o açúcar no sangue também, e discutir mudanças no estilo de vida, na dieta e no controle de peso”, afirma Hsieh.

Sem tratamento, a impotência pode causar problemas mais sérios. É possível que a região seja tomada por tecido cicatrizado fibroso, o que torna a ereção muito dolorosa e mais difícil de tratar. Outra preocupação é a inflamação dos testículos. “Se você está tendo problemas, não espere. Na maior parte das vezes, conseguimos recuperar a vida sexual dos pacientes”, diz o médico.

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