O secretário-executivo substituto do Ministério da Saúde, Élcio Franco, afirmou, em entrevista coletiva na tarde desta segunda (25/05), que o Estado não vai mais construir hospitais de campanha para auxiliar no tratamento de pacientes da Covid-19.
De acordo com Franco, a experiência do hospital de campanha erguido em Águas Lindas, o primeiro capitaneado pelo governo, se mostrou complicada. Por isso, daqui para a frente, a construção dos centros, assim como a contratação de pessoal e compra de equipamento, ficará sob responsabilidade dos estados e municípios.
“No primeiro momento, se desenhou apoio à construção dos hospitais de campanha. Porém, uma gestão compartilhada é mais complexa. Com as dificuldades apresentadas, decidiu-se que é melhor que seja executado pelos estados e municípios. O Ministério da Saúde distribuirá os recursos”, afirma o secretário-executivo substituto.
Franco diz ainda que o hospital de campanha é uma estrutura provisória que deve ser usada quando não houver outras alternativas. Antes disso, a recomendação seria usar a rede privada, credenciando leitos para a rede pública com o pagamento pelo uso posterior.
“É preciso acompanhar a evolução da curva epidemiológica para identificar a necessidade de contratar leitos da rede privada ou, na inexistência destes, construir o hospital de campanha. Eles devem ser construídos próximos a hospitais com estrutura de alta e média complexidade para transferir pacientes graves, ou ter acesso a ambulâncias equipadas com respiradores”, afirma.
